TotalEnergy acusada de financiar Rússia na guerra contra Ucrânia

A Global Witness, uma Organização Não-Governamental (ONG), acusa a petrolífera francesa Total Energy de estar a alimentar ao que apelida “maquinaria de guerra” da Rússia e quer que a União Europeia (EU) corte laços com a empresa.
A agência francesa de notícias AFP revela que a Global Witness acredita que ao adquirir grandes quantidades de energia russa, a Total Energy está automaticamente a alimentar a Rússia na sua guerra contra a Ucrânia.
Com sede em Londres, Grã-Bretanha e Washington, nos Estados Unidos da América, esta ONG acusa a empresa de continuar a comprar gás natural liquefeito russo.
Refere, por outro lado, que “enquanto a Total celebra enormes lucros, as pessoas em França, Ucrânia e em todo o mundo não podem esquecer que continua a comprar gás russo, enviando dinheiro para a máquina de guerra russa”.
Considera que “não há desculpa para continuar a comprar gás russo, enviando fundos para um agressor que causou tanta miséria na Ucrânia e ameaçou a segurança da Europa”.
Em resposta às alegações, a companhia afirmou que estava a cumprir as sanções da União Europeia, lembrando ainda ter condenado a guerra na Ucrânia.
A Total prometeu que vai interromper o comércio se a política de segurança da União Europeia mudasse e o gás russo fosse sancionado.
Desde a intervenção militar russa, na Ucrânia no ano passado, a União Europeia impôs sanções às importações de petróleo e de carvão da Rússia, o que se seguiu depois à redução drástica da sua dependência do gás russo por gasoduto.
Os países deste bloco europeu aumentaram as compras globais de gás natural liquefeito russo, bem como comprometeram-se a acabar com a utilização de combustíveis fósseis russos, até 2027.
A Global Witness reitera o seu apelo para União Europeia proibir o comércio de gás natural liquefeito da Rússia e aplicar um imposto de 100 por cento sobre os lucros recebidos por estas empresas, desde o início da guerra na Ucrânia.
“Países como a França, onde está sediada a Total, e a UE devem actuar, cortando o gás natural liquefeito russo, enquanto o povo da Ucrânia sofre um custo incomensurável”, de acordo com Noronha.
Imbondeiro News
Comentários