Presidente Lula por um mundo mais justo e solidário

 Presidente Lula por um mundo mais justo e solidário

Defendendo um mundo mais justo e solidário, o Presidente do Brasil, Lula da Silva, explicou, na terça-feira (primeiro dia da cimeira do BRICS a decorrer em Joanesburgo, na África do Sul), que o bloco não procura ser contraponto ao grupo dos sete países mais desenvolvidos (G7), nem ao das vinte nações desenvolvidas e emergentes (G20).

O Presidente Lula da Silva sublinhou que este grupo, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ‘’não é um contraponto ao G7, nem ao G20, nem contra ninguém. Queremos nos organizar como um Sul Global, algo que não existia antes’’.

O estadista brasileiro acrescentou que ‘’nós os BRICS somos importantes no debate global, e devemos sentar nas mesas de negociações, em pé de igualdade com a União Europeia e os Estados Unidos’’.

Alguns especialistas têm considerado o bloco BRICS como sendo um desafio à hegemonia do Ocidente, ideia posta de lado por Lula da Silva, que enfatizou a necessidade de ‘’criar um mundo mais justo e solidário’’.

‘’O que devemos fazer agora, é acabar com a fome no planeta Terra. É permitir que todos vivam com dignidade. Temos dinheiro para isso. Precisamos de vontade política. Os países do BRICS têm essa simbologia que é criar um corpo novo e forte para melhorar o mundo’’, vincou.

Por outro lado, ele admitiu que vai promover uma ‘’desdolarização’’ do comércio com os demais países do bloco BRICS.

Apontou para a necessidade dos países membros deste grupo trocarem as suas moedas e que os bancos centrais acertem, no final de cada mês. Frisou que Brasil com China, com Índia Precisam de discutir isso.

A cimeira, que entrou hoje no seu segundo dia, espera debater o fim da utilização do dólar norte-americano nas suas economias.

‘’Defendemos uma moeda de referência de negócios para não precisar da moeda de outro país. Por que faço negócios com a China e preciso do dólar? Brasil e China são grandes e têm o suficiente para fazer negócios com suas moedas ou em outra unidade de referência’’, realçou o estadista brasileiro.

Mostrou que as economias emergentes ‘’não podem ficar dependentes de um único país que tenha dólares’’ e ‘’serem obrigadas a conviver com as flutuações’’ dessa mesma moeda.

O encontro, que deve terminar amanhã (quinta-feira), reúne os Presidentes do Brasil, China e África do Sul, Primeiro-Ministro da Índia e ministro dos Negócios da Rússia, em representação do estadista russo.

O Presidente Vladimir Putin participa na reunião através de videoconferência, devido ao mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), por alegados crimes de guerra na Ucrânia.

Imbondeiro News

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