Ramaphosa defende endurecimento de leis e políticas sobre imigração ilegal

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, defende o endurecimento de leis e políticas sobre a imigração ilegal, com vista a combater a exploração da mão-de-obra barata de estrangeiros e sindicatos de tráfico humano, no país.
Depois de visitar ao local do incêndio que ceifou 77 vidas, no centro de Joanesburgo, o Presidente Ramaphosa considerou de prioridade o endurecimento de leis que velam pela imigração ilegal, por se constatar haver ‘brechas’ que encorajam a exploração da mão-de-obra de indocumentados, maioritariamente moçambicanos e zimbabweanos.
‘’Há queixas de haver sul-africanos que preferem empregar ilegais em troca de salários miseráveis’’, disse, acrescentando que ‘’existem também indivíduos corruptos nas instituições do Estado que trabalham com sindicatos de crime na obtenção de documentos fraudulentos, com o propósito de manterem estrangeiros desesperados no nosso país’’, disse, citado pelo jornal The Star.
Frisou que ‘’a tragédia da semana passada afectou a nós todos. Não interessa as nacionalidades das vítimas e seu estatuto no país, o que mais nos preocupa de momento é a nossa empatia e compaixão, amparar os sobreviventes que perderam tudo e que lutam para a sua normalidade”.
O estadista sul-africano descreveu de ser preocupante que um edifício que não foi construído para fins habitacionais esteja hoje a acomodar 200 pessoas, pior ainda que nem sequer tem segurança e serviços básicos.
“Esta tragédia alerta-nos para a necessidade de urgentemente resolvermos o problema da habitação, nas nossas cidades. A demanda de habitação continua a ser preocupante’’, referiu, indicando que ‘’o movimento de grandes números de pessoas para os grandes centros urbanos do nosso país está a fomentar o surgimento de assentamentos informais’’.
Assim, recomendou às autoridades municipais para se lidarem com o problema da decadência dos centros urbanos sul-africanos e redobrar os seus esforços no sentido de revitalizar estes espaços e aplicar leis visando salvaguardar a vida humana, sempre procurando responsabilizar aos donos dos edifícios para que não se tornem em centros de actividades criminosas.
‘’Queremos que as nossas cidades sejam limpas, seguras e vibrantes, de modo a atraírem aos que nelas habitam, trabalham e estudam. Queremos que as nossas cidades atraiam negócios e investimentos. Não podemos permitir que parte das nossas cidades sejam negligenciadas e tornem-se inacessíveis, devido a actividades criminosas’’ concluiu.
Imbondeiro News
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