Pessoas com deficiência, trabalhadores informais e juventude procuram dar voz a quem não tem voz nestas eleições municipais

 Pessoas com deficiência, trabalhadores informais e juventude procuram dar voz a quem não tem voz nestas eleições municipais

Os oito grupos de cidadãos inscritos para as eleições municipais deste ano dizem estarem mais preocupados com os direitos da pessoa deficiente, trabalhadores informais e juventude e, que nesta votação, apostam-se em “dar voz a quem não tem voz”.

Destes oito grupos, três estão na cidade da Beira, capital da província de Sofala, onde quase todas elas expressam sua preocupação com as condições da pessoa com deficiência, trabalhadores informais ou juventude.

Bernardo João, cabeça de lista da Associação dos Deficientes de Moçambique (Ademo), afirmou à Lusa que “o município da Beira possui novas infra-estruturas, mas na sua maioria não possui nem sequer rampa para pessoas com deficiência os visite”.

Deu exemplo do no novo edifício da Assembleia Municipal, onde o arquitecto da obra não projectou a contar com pessoas com deficiência, motivo para este grupo social exigir estes direitos.

João apontou ser este o motivo principal da candidatura deste grupo de cidadãos, de modo a cumprir-se com os seus direitos.

Falou da falta de emprego e de apoios, do estigma e da discriminação como sendo outras preocupações que a Ademo leva nesta campanha de caça ao voto, com cartazes que alertam para estas dificuldades, que querem depois de 11 Outubro levem à assembleia municipal.

Frisou que “acabam violando os nossos direitos, porque nós não estamos lá representados”.

Além da Ademo, estão também inscritos no processo a Associação de Trabalhadores Informais de Moçambique (Astimo) e Associação para o Desenvolvimento da Infância e a Juventude na Comunidade (Acriajuda).

A lista da Criajuda é liderada por Leoninove Felisberto Dias, que afiançou à Lusa que “muitas das vezes somos esquecidos pelos nossos políticos, governantes, os nossos choros não são ouvidos, então a nossa candidatura tem em vista levar este problema aos ouvidos do povo e dos nossos governantes”.

Dias, cuja associação também concorre na cidade capital da Zambézia, Quelimane, sublinhou que “vamos dar voz a quem não tem voz”.

O cabeça-de-lista de Acriajuda indicou ainda que “viemos com o intuito de identificar as falhas e reforçar que as promessas não foram cumpridas à juventude”.

Disse que o objectivo da sua candidatura não é querer controlar o município da Beira, mas sim “proteger os interesses do povo na tomada de decisões internas e externas à autarquia, cientes de que nos últimos anos a população tem sido desapontada pelos partidos políticos, que não cumpriram as promessas enunciadas nos seus manifestos eleitorais”.

Imbondeiro News

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