Oito milhões de crianças sul-africanas não têm todas as três refeições diárias

Oito milhões de crianças sul-africanas residentes nas zonas rurais e em antigos bantustões estão sujeitas a não ter as três refeições diárias, devido à crescente pobreza, no país.

A informação vem contida num novo relatório que apresenta imagem sombria do problema da pobreza, que está a afectar oito milhões de crianças.

O relatório, intitulado “Reducing Child Poverty, A Review of Child Poverty and Value of the Child Support Grant” é da autoria do Ministério de Desenvolvimento Social e foi preparado pelo Instituto de Crianças na Universidade sul-africana do Cabo (UCT – na sigla inglesa). 

Kath Hall, investigador do Instituto, afirma que “temos de intervir urgentemente, porque os oito milhões de crianças não se nutrem devidamente. Voltamos aonde estávamos há uma década”.

Dados do Ministério de Desenvolvimento Social apontam que 13 milhões de crianças recebem subsídios sociais, mas torna-se urgente tomar outras medidas de intervenção, face à subnutrição.

O documento realça que “o índice de pobreza aumentou de forma assustadora, em 2020 e 2021, por conta da pandemia da Covid-19 e perdas de posto de trabalho” no país.

Neste cenário, crianças residindo nas zonas rurais e em antigos bantustões são as mais afectadas pela situação.

O índice de pobreza de criança situava-se, em 2019, em 37 por cento, dos quais 51 por cento se referiam a crianças das zonas rurais e dos antigos bantustões.

“Metade dos oito milhões enfrentam a pobreza e três quartos (ou seis milhões) vivem acima da linha da pobreza”, de acordo com o documento.

Imbondeiro News 

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