Biofund preocupada em mitigar conflito entre homem e fauna bravia

 Biofund preocupada em mitigar conflito entre homem e fauna bravia

A Fundação para a Conservação da Biodiversidade (Biofund) anunciou, hoje em Maputo, a implementação de um projecto no Parque Nacional de Chimanimani, na província central de Manica, com vista a monitorizar o movimento de elefantes, naquela região.

Uma fonte da Biofund revelou que a iniciativa, que busca incentivar corredores ecológicos e mitigar conflitos entre homem e fauna bravia, “representa um feito notável na protecção dos elefantes, considerados ícones da biodiversidade em Moçambique”.

A fonte acrescentou que “o Parque Nacional de Chimanimani reforça assim o seu compromisso com a preservação da natureza e a promoção de uma coexistência harmoniosa entre seres humanos e a vida selvagem”.

O projecto de Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento Comunitário (CBDC), na Área de Conservação de Chimanimani, conta com o apoio financeiro da Agência Francesa de Desenvolvimento que, entre 16 e 19 de Setembro, montou para o efeito dispositivos de monitorização do movimento em três elefantes daquele parque.

Recorde-se que a ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, anunciou em Julho último que Moçambique registou mais de 160 casos de perdas de vida humanas em três anos, devido a conflitos entre o homem e a fauna bravia.

Maibaze disse que “a nossa preocupação prende-se com o facto de nos 45 distritos em causa, ter-se registado, de 2019 a 2022, cerca de 168 casos de perda de vidas humanas e destruição de 955 hectares de culturas diversas, entre milho, gergelim, mexoeira, hortícolas”.

A governante mostrou que as espécies mais problemáticas são o elefante, nas províncias de Maputo, Manica, Sofala, Nampula e Niassa, o crocodilo, em Tete, Sofala e Manica, o hipopótamo, em Sofala e Tete, a hiena, em Maputo e Gaza, e o búfalo, em Maputo, Gaza e Sofala.

Segundo a Lusa, a iniciativa tem como finalidade melhorar a monitorização de corredores ecológicos e estimativas de populações de animais, de modo a permitir “a promoção de uma gestão ambiental mais sustentável” daquele parque e da sua “Zona Tampão”.

Explicou que, na “Zona Tampão” do parque, o projecto promove a gestão sustentável dos recursos naturais “em benefício das comunidades locais”, de modo a alcançar “o equilíbrio entre a melhoria das condições socioeconómicas das comunidades e a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade”.

Imbondeiro News

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