Graça Machel clama por uma sociedade livre da cultura de medo

 Graça Machel clama por uma sociedade livre da cultura de medo

A activista social, Graça Machel, clama por uma sociedade livre do que chamou cultura de medo, vincando ainda que “só a união do povo é que pode libertar o espaço cívico, sobretudo quando se multiplicam queixas de limitações às liberdades, no país”.

A antiga mulher do primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, morto em 1986, num acidente aéreo na área de Mbuzini, na África do Sul, diz que o actual chefe do Estado disse, durante a sua tomada de posse, no seu primeiro mandato, que o seu patrão era o povo.

“Então, nós temos de lembrar a estes que estão agora a oprimir o povo, que nós o seu patrão. Isso deve ser feito de uma maneira ordeira, organizada e respeitosa para com as instituições, mas nós temos de desmantelar o medo neste país”, indicou,

Ela reagia assim a uma pergunta que lhe foi colocada sobre os episódios de 18 de Março, quando a polícia moçambicana reprimiu marchas pacíficas em homenagem ao ‘rapper’ Azagaia, em várias cidades do país.   

Graça Machel entende que a responsabilidade de travar limitações ao exercício da cidadania está no povo, que se deve juntar em movimentos para, dentro da lei, exigir que a repressão não se torne frequente.

“Nós temos de desmantelar o medo, no país. Aqueles que oprimem ao cidadão é que devem ter medo de nós”, segundo Graça Machel, que também insta a comunicação social a lutar contra o que chamou de fechamento do espaço cívico.

Maputo, oooo abr 2023 (Imbondeiro News)

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