Na Zambézia membros da Renamo pedem afastamento de Momade

Por temerem que haja mais uma nova derrota eleitoral, alguns membros da Renamo na província da Zambézia, centro de Moçambique, ameaçam que não vão votar se Ossufo Momade continuar na liderança do partido, até às eleições gerais de 2024.
Em conferência de imprensa, realizada recentemente em Quelimane, capital da Zambézia, o grupo exigiu a convocação de um congresso visando eleger um novo líder da organização.
Além disso, há ainda vozes dentro da Resistência Nacional Moçambicana que questionam a liderança de Ossufo Momade.
Um dos membros que contesta Ossufo Momade, no anonimato, indicou que o actual presidente do partido não se apresenta como líder da oposição, no país.
“Não vale a pena nos enganar com o congresso em 2024, a saber que em 2024 haverá eleições, suponhamos que ele cessa e a pessoa ganha, essa pessoa quando é que será conhecida”, questionou.
“Nós não queremos essa fantochada de 2024, porque agora sabemos que o presidente Ossufo Momade, com a cúpula dele, só está para o negócio, não está para salvar o povo”, segundo o grupo, citado pela Lusa.
Um outro militante, também no anonimato, afirmou que os membros da Renamo olham para Ossufo Momade como uma figura incapaz de ganhar eleições e, por isso, deve ser afastado do cargo.
“No princípio, pensávamos que temos um líder que era Ossufo Momade, afinal de contas vimos que temos um comerciante dentro do mosso partido, que está mais ligado ao governo do que ao seu povo”, acusou.
Os contestatários pediram “ao general Ossufo Momade que dê passos aos outros”, acrescentando que ele (Momade) “está mais preocupado em conversar ou tomar café com o Presidente da República, Filipe Nyusi.
Pior ainda que não vai aos distritos resolver problemas que os membros do partido têm.
”Ossufo Momade, comerciante do nosso partido, deixe o cargo à disposição, queremos avançar e apoiar o nosso país e a província da Zambézia”, o grupo apelou.
“Pensávamos que tínhamos um general, não é general nenhum. Não estraguem o nosso partido”, concluiu.
Imbondeiro News
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