Manuel Chang pede justiça norte-americana para rejeitar acusação

 Manuel Chang pede justiça norte-americana para rejeitar acusação

Depois esgotados todos os recursos interpostos a tribunais sul-africanos, para a sua extradição a Moçambique, o antigo Ministro das Finanças, Mauel Chang, pede à justiça norte-americana a rejeitar a acusação que e lhe imputada, segundo o Centro de Integridade Publica (CIP).

Em causaestá o caso das dívidas ocultas que decorre nos Estados Unidos da América, por ele ter defraudado investidores norte-americanos.

O CIP, Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana, refere que um ” escritório de advogados de Nova Iorque”, Ford O’Brien Landy, escreveu uma petição ao juiz Nicholas G. Garaufis, solicitando que o julgamento de Chang seja travado, depois de a justiça sul-africana ter decidido que o antigo governante deve ser extraditado para os EUA, onde é procurado pelo seu papel no caso das dívidas ocultas.

A defesa de Manuel Chang diz que o ex-ministro permaneceu “muito tempo na prisão”, dado que foi detido em Dezembro de 2018, “o que violou o seu direito a um julgamento célere”.

Manuel Chang aguardava há quatro anos e meio por uma decisão sobre se era extraditado para os Estados Unidos ou para Moçambique,

Por outro lado, alega que o Departamento da Justiça norte-americano terá “perdido interesse no julgamento”, depois da absolvição do cidadão franco-libanês, Jean Boustani, por um tribunal de Nova Iorque, em Dezembro de 2019, num julgamento relacionado com este mesmo caso.

Boustani foi o negociador do grupo Privinvest, a empresa de estaleiros navais de Abu Dabi, contratada pelo então governo moçambicano para o fornecimento de barcos e equipamentos navais que a justiça considera ter sido uma fachada para a concretização das dívidas.

O CIP cita os advogados de Manuel Chang, considerando que há factores que pesam fortemente a favor da rejeição da acusação, imputando ainda às autoridades norte-americanas culpa pela demora.

Considera ainda que tudo indica que Manuel Chang, ainda na África do Sul, está disposto a lutar contra a sua extradição para os Estados Unidos.

Por outro lado, segundo o CIP, mesmo que ele seja transferido para Nova Iorque, não pretende confessar os crimes de que é acusado e beneficiar de um possível acordo de delação premiada.

“Pelo contrário, ele mostra que quer usar os recursos financeiros de que dispõe para tentar a absolvição pelo júri, ao invés de tentar um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA”, lê-se no texto do CIP.

Manuel Chang é acusado de ter recebido entre cinco milhões de dólares e sete milhões de dólares de subornos da Privinvest e “parece estar disposto a usar este dinheiro para contratar bons advogados para o defender”, refere.

Imbondeiro News

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