Líder do contrabando condenado na África do Sul a 55 anos de prisão

Os Serviços da Policia da África do Sul (SAPS – em inglês) acabam de anunciar a condenação a 55 anos de prisão o líder de uma rede criminosa de contrabando de veículos para Moçambique.
Trata-se de um sul-africano, de nomeVusi Amós Zulu Malwane, de 44 anos de idade, que “liderava uma rede de contrabando de veículos transfronteiriça que aterrorizava as comunidades no norte do KwaZulu-Natal”, precisamente na fronteira com a província de Maputo, no extremo sul do país.
O Tribunal Regional de Ingwavuma, norte da província de KwaZulu-Natal, condenou a Malwane a cumprir 55 anos de prisão colectiva, por sequestro, (seis anos), roubo com circunstâncias agravadas (sequestro, 30 anos), posse de armas de fogo e munições sem licença (15 anos)”, adiantou a a fonte.
A polícia indicou que o tribunal “também condenou Malwane a quatro anos de prisão por escapar da custódia legal”.
Vusi Malwane foi detido, no passado mês de Maio, após nove anos em fuga das autoridades.
“Por mais de uma década, liderou um grupo que estava por detrás de uma série de incidentes de sequestro de veículos motorizados em Emanguzi e arredores”, explicou a polícia, sublinhando que “ele depois os contrabandeava para Moçambique, através de várias fronteiras, na província”.
A área de Emanguzi dista cerca de 20 quilómetros do principal posto de Kosi Bay, nordeste do país, na fronteira moçambicana da Ponta do Ouro.
“Após as nossas intervenções e operações na área, 37 veículos já foram recuperados e 27 armas de fogo recuperadas com 321 cartuchos de munição apreendidos”, anunciou em comunicado o Comissário Nacional da Polícia da África do Sul, Fannie Masemola.
Os governos dos dois países têm-se reunido regularmente, desde Fevereiro último, na tentativa de acabar com os crimes transfronteiriços e insegurança naquela região.
A região norte da província de KwaZulu-Natal tem sido assolada por acções de insegurança, atribuídas a redes de crime organizado, que alegadamente se refugiam em território moçambicano.
O jornal Daily Mavereck descreve aquela área como “paraíso dos ‘gangsteres'”, em que se destaca o tráfico de veículos roubados em território sul-africano para Moçambique, tráfico de droga, nomeadamente cocaína, heroína, metanfetamina, e contrabando de cigarros falsificados e outras mercadorias, através da fronteira comum.
Transportadores moçambicanos que ligam a cidade de Maputo e a de Durban, centro económico de KwaZulu-Natal, queixam-se de ataques e assaltos na fronteira da Ponta do Ouro, junto ao extremo norte do distrito sul-africano de Umkhanyakude.
Imbondeiro News
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