Deslocados de Cabo Delgado na Zambézia denunciam barreiras no acesso a fundos para iniciativas locais

Deslocados de ataques armados em Cabo Delgado, no norte do país, reassentados neste momento na província central da Zambézia, denunciam dificuldades no acesso a fundos para apoiar iniciativas de desenvolvimento local e acusam haver favoritismo político.
Em declarações à DW, um dos reassentados, que preferiu anonimato, acusou o secretário local de privilegiar membros activos da Frelimo, acrescentando que “nós, como refugiados, gostaríamos que o governo também nos apoiasse com fundos, porque todos somos moçambicanos”.
Outras preocupações que os deslocados de Cabo Delgado enfrentam na Zambézia têm a ver com o acesso à educação.
Estudantes reassentados denunciam cobranças de valores para realizar avaliações em escolas públicas e pedem às autoridades para isenção.
Um aluno contou que “nós estamos a pagar para realizar as provas. Apesar de sermos deslocados, os professores obrigam-nos a pagar 10 meticais”.
O mesmo aluno, também na condição de anonimato, disse que “estamos a pedir ajuda. Os nossos pais estão longe. Muitos de nós estudamos, temos alunos na décima, décima primeira e décima segunda classes”.
Entretanto, Joaquim Casal, director provincial de Educação da Zambézia, prometeu apurar a situação.
Imbondeiro News
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