Militares na ilha de Madagáscar apoiaram os manifestantes que exigem demissão do Presidente

Militares apoiaram, este último sábado, na cidade de Antananarivo, a capital da ilha de Madagáscar, localizada no canal de Moçambique, milhares de manifestantes que exigem a demissão do Presidente malgaxe, Andry Rajoelina.
Os protestos, que se inspiram pelos movimentos liderados pela Geração Z, no Quénia e Nepal, começaram pela escassez no fornecimento de água e electricidade, na cidade de Antananarivo.
A Reuters escreve que algumas tropas de uma unidade do exército que ajudou Rajoelina a tomar o poder, em 2009, pediram aos seus colegas para desobedecerem às ordens e a apoiar os protestos liderados por jovens.
A unidade de elite CAPSAT, que desempenhou papel fundamental na ascensão de Rajoelina, fez um apelo público em solidariedade com os manifestantes que exigem a demissão do Presidente.
Vídeos circulando nas redes sociais mostraram militares do CAPSAR a exortar os seus companheiros de armas a “apoiar o povo”.
Oficiais do exército, incluindo o chefe do Estado-Maior e um alto funcionário do Ministério das das Forças Armadas, apelaram às tropas a envolverem-se em discussões e diálogo.
A Reuters diz que dezenas de soldados abandonaram o quartel para escoltar milhares de manifestantes até à Praça 13 de Maio, palco de levantamentos políticos.
O chefe do Estado-Maior do exército, General Jocelyn Rakotoson, instou os cidadãos a “ajudarem as forças de segurança a restaurar a ordem, através do diálogo”.
Rakotoson também pediu a líderes religiosos para que “mediassem a situação a desenrolar no país”.
As manifestações, que até aqui causaram pelo menos a morte de 22 pessoas e outras 100 feridas, exigem que Rajoelina se demita, peça desculpas ao país e dissolva o Senado e a comissão eleitoral.
Imbondeiro News
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