Redução em 51 por cento do número de refugiados em Moçambique nos últimos seis anos

O director-geral do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados, Cremildo Abreu, revelou hoje (segunda-feira em Maputo, capital moçambicana, que o número de refugiados que procuram asilo em Moçambique reduziu-se em 51 por cento, nos últimos seis anos.
A informação foi avançada durante uma conferência de imprensa, convocada pelo do Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), em Moçambique, no âmbito do Dia Mundial dos Refugiados, que é assinalado, na terça-feira, em todo o mundo.
Apesar da redução dos números, o representante do ACNUR em Moçambique, Samuel Chakwera, destacou um “ambiente de protecção favorável” para refugiados, no país.
Samuel Cjhakwera disse que “quase todos os refugiados ou requerentes de asilo têm um documento que os identifique e isso permite-lhes que possam circular à vontade.”
Questionado sobre a situação dos deslocados internos, devido à violência armada protagonizada por grupos de terroristas, na província de Cabo Delgado, o representante do ACNUR destacou que o abrigo continua a ser a prioridade da organização.
“Nós continuamos a trabalhar com parceiros em áreas como abrigo e gestão dos centros. A nossa principal actividade em Cabo Delgado está ligada à protecção das pessoas,” vincou.
Por sua vez, Cremildo Abreu disse à Lusa que “Moçambique já não está a ser um país de preferência por parte dos refugiados ou requerentes de asilo, tal como acontecia, há seis anos.”
Para o director do Instituto Nacional de Apoio aos Refugiados, a redução do número de pessoas que procuram refúgio em Moçambique é resultado de vários motivos, entre os quais o aumento de refugiados que pedem para ser repatriados.
“Um grande número de refugiados de centro de Maratane, em Nampula, norte de Moçambique, pediu voluntariamente para regressar ao seu país de origem e nós estamos a atender esses pedidos, em coordenação com o ACNUR,” frisou.
Mcçambique conta neste preciso momento com 28 mil refugiados e requerentes de asilo, dos quais pelo menos sete mil estão em Maratane, único campo para refugiados, no país.
A maior parte dessas pessoas provêem da região dos Grandes Lagos e do Corno de África, com destaque para a República Democrática do Congo (RDC), Burundi, Ruanda e Somália.
Imbondeiro News
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