Advogados pedem justiça para Elvino Dias criticando bipolarização

O bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), Carlos Martins, pede justiça no caso de homicídio de Elvino Dias, e de Paulo Guambe, ambos apoiantes do antigo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, e contesta a “bipolarização” da sociedade.
Martins diz que “há uma morosidade processual inaceitável” neste crime que continua por esclarecer.
O bastonário lembra que “a OAM faz parte do sistema da Administração da Justiça. Este ataque não foi só contra a advocacia, foi contra todos os pilares da Administração da Justiça. Portanto, devemos fazer mais para que este caso seja esclarecido”.
Ele adianta que “passa um ano, é muito, mas acreditamos. Acreditamos, sim, que se faça Justiça. Há vários outros crimes que não foram esclarecidos até hoje, nós conhecemos vários crimes que foram cometidos na sociedade e preocupa-nos, porque há um autoritarismo hoje que tomou conta da própria sociedade”.
Critica que “a bipolarização também não ajuda. Ou é do contra ou é da oposição. Nós devemos desmistificar isso e fazer acreditar que nós podemos ter uma sociedade plural, uma sociedade onde a divergência de opinião não pode representar uma ameaça”, sublinhando que a OAM também pretende mostrar “à sociedade que é possível coabitar com ideias diferentes”.
Martins recorda que a Ordem e os advogados têm “atribuições” de “defesa” do Estado de Direito, da Constituição, da democracia, dos direitos fundamentais e das instituições, que garantem continuar a assegurar.
Por outro lado, ele observa que “sempre que as instituições falham, há um vazio que se cria. Não devemos deixar que as instituições falhem. Neste caso também, não devem falhar. Devem ser responsabilizadas, devem ser encontradas as pessoas que cometeram este macabro assassinato, mas também devemos evitar que no futuro situações como esta voltem a acontecer dentro da nossa classe”.
Imbondeiro News
Comentários