Assaltos a camiões forçam governo sul-africano a instalar exército em quatro províncias

 Assaltos a camiões forçam governo sul-africano a instalar exército em quatro províncias

As autoridades da África do Sul anunciaram, durante o último fim-de-semana, a instalação de unidades do exército em quatro províncias, em conexão com os assaltos e destruição de 21 camiões de cargas, ocorridos nos últimos dias no país.

O jornal Pretoria News revela que o Ministério da Defesa sul-africano confirmou a instalação de tropas nas províncias de Limpopo, Mpumalanga e KwaZulu-Natal e Free State, as primeiras três limitando-se com Moçambique são consideradas as mais assoladas pelos ataques.

Vários jornais e agências noticiosas baseadas no país dão conta que a medida também surge depois de se apontar para uma eventual onda de violência, em virtude do Tribunal Constitucional decidir o retorno à prisão do antigo Presidente sul-africano, Jacob Zuma, embora as autoridades se distanciem do assunto.

A instalação de militares, em apoio à polícia, ocorreu um dia depois do Tribunal Constitucional deliberar que a soltura de Zuma, em 2021, por razões de saúde, é inválida.

Por outro lado, a policia acredita não haver evidências dos assaltos se relacionarem com a violência de 2021, sugerindo, no entanto, que a decisão pelo tribunal de mandar Zuma à prisão pode de facto colocar o país numa posição delicada.

Zuma, de 81 anos, encontra-se em tratamentos médicos, na Rússia, segundo avançou o seu porta-voz, Mzwanele Manyi.

O ministro dos Serviços da Polícia da África do Sul (SAPS- em inglês), Bheki Cele, afirmou haver uma possibilidade dos assaltos associarem-se à uma campanha de sabotagem económica.

Cele descreveu os assaltos de “serem operações organizadas e sofisticadas”, sublinhando que são uma forma de protesto exigindo a melhoria dos serviços básicos.

O governante disse que a polícia continua a investigar os incidentes de 2021, esperado que haja detenções nos próximos dias. Pelo menos 67 pessoas foram detidas naquilo que as autoridades chamam de uma insurreição ocorrida nas províncias de KwaZulu-Natal e Gauteng, esta última o celeiro da economia do país.

“Quero garantir que temos a capacidade suficiente para lideramos com a situação. As forças de segurança estão no terreno para responder à qualquer eventualidade”, disse o ministro, citado pela Associated Press.

Imbondeiro News

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