Autoridades desconhecem casos de raptos de crianças ocorridos no distrito de Macomia em Cabo Delgado

Categoria: Sociedade
O administrador do distrito de Macomia, na província nortenha de Cabo Delgado, Tomás Badae, distancia-se de informações apontando casos de raptos e recrutamento de crianças pelos grupos extremistas que operam na região.
Badae esclarece que “como governo do distrito, nós não temos essa informação de raptos de crianças, talvez a Organização das Nações Unidas tenha as suas fontes”.
Entretanto, a organização da defesa dos direitos humanos Human Rigths Watch (HRW), também acaba de alertar para o aumento do número de crianças raptadas pelos grupos terroristas, usadas em trabalhos forçados, pedindo assim acções do governo.
Ashwanee Budoo-Scholtz, directora-adjunta para a África da HRW, refere que as crianças são raptadas pelos rebeldes ligados ao grupo Estado Islâmico e usadas para “transportar bens saqueados, realizar trabalhos forçados, casamentos forçados e participar em conflitos”.
Além da HRW, o Fundo das Nações Unidas para a Infância denuncia que algumas crianças sequestradas, após serem libertadas, enfrentam dificuldades para se reintegrar nas comunidades.
As Nações Unidas apontam Moçambique como o segundo país com o maior aumento percentual, 525 por cento, de violações graves contra crianças em conflitos armados, em 2024, depois do Líbano, com 544 por cento.
Os outros países são o Haiti, 490 por cento, Etiópia, 235 por cento, e Ucrânia, 105 por cento.
Imbondeiro News
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