BRICS em busca da sua própria moeda de reserva

 BRICS em busca da sua própria moeda de reserva

O grupo de países de economias emergentes, formado pela África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia (BRICS), reúne-se, em Agosto próximo, na cidade sul-africana de Durban, no KwaZulu-Natal, e um dos pontos da sua agenda é o desenvolvimento de uma moeda alternativa ao dólar norte-americano, o que, para analistas, poderá criar um “tsunami de inflação” e “colapso de preços do activo”, num futuro próximo.

Quem antevê este cenário é Andy Schectman, presidente e proprietário da companhia norte-americana Miles Franklin e perito sobre história monetária e económica. Ele afirma que “já fomos ditos que a moeda dos países do BRICS será equiparada ao ouro ou mercadorias”.

 Com uma longa experiência no sector de metais preciosos, Schectman sustenta que o grupo BRICS poderá criar a sua própria moeda de reserva, que irá competir com o dólar norte-americano.

Diz o que está em causa é a utilização do dólar como arma na guerra movida pela Rússia na Ucrânia.

Sublinha que as sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia e a sua expulsão do sistema de pagamento rápido – SWIP – tiveram efeitos arrepiantes, tendo até dissuadido outras nações a não usar o dólar.

“Desde que se começou a usar o dólar dos Estados Unidos como arma, em 2022, a sua substituição parece estar em cascata”, segundo este especialista, que antevê um “tsunami de inflação” e “colapso” de preços do activo, num futuro próximo.

Citado pelo site wwwkitco.news/, Schectmen ilustra que a Arábia Saudita, que declarou recentemente que estava aberta para outras moedas, em troca do seu petróleo, aparece ser um potencial catalisador para uma massiva desdolarização da moeda norte-americana.

Explica que a Arábia Saudita, uma vez aparecendo neste cenário como estando disponível a aceitar outras moedas na aquisição do seu petróleo, será um dos marcos em jogo no processo da substituição da moeda do País do Tio Samuel.

Sugere, no entanto, que todos os países que têm usado o dólar norte-americano, nos últimos 50 anos, não estarão mais interessados em adquiri-lo, o que, segundo Schetcman, criará um “tsunami” de inflação nas nações ocidentais.

Maputo, ooo mar 2023 (Imbondeiro News)

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