BRICS por decidir a criação de uma nova moeda na sua cimeira de Agosto

A criação de uma nova moeda do grupo BRICS vai ser decidida já na sua próxima cimeira, programada para Agosto, na África do Sul, onde seis países serão oficialmente apresentados como membros da aliança.

O embaixador sul-africano no grupo BRICS, Anil Sookhlal, revelou, na semana passada à Bloomerg, que a adesão de novos membros está a ser rigorosamente analisada, com vista a garantir que a aliança tenha um sistema financeiro suficientemente forte, face ao predomínio do dólar norte-americano.

Sookhlal anunciou que está a haver um grande número de países manifestando interesse em se juntar ao grupo e aceitar a sua moeda nas transacções internacionais.

Entretanto, enquanto se aguardam os resultados da cimeira, o dólar norte-americano é tido como estando sob uma crescente pressão do grupo BRICS, com a China e Rússia a lançarem campanhas destinadas a convencer países em vias de desenvolvimento para abandonarem a moeda dos Estados Unidos.

Sookhlal frisou que dos 19 países que pediram adesão ao BRICS, seis juntar-se-ão oficialmente ao bloco, já no próximo mês de Agosto. Trata-se, portanto, de Arábia Saudita, Argentina, Bahrein, Emiratos Árabes Unidos, Egipto e Indonésia.

Na sua campanha de angariação de mais membros, a aliança está a dar o seu maior foco a países ricos em petróleo, numa perspectiva de garantir a dinâmica da geopolítica comercial no mundo.

Lembrar, no entanto, que a Arábia Saudita e Bahrein enviam diariamente para os Estados Unidos da América e União Europeia (EU) milhões de diários de petróleo. Se a Europa adquirir o petróleo das nações do Médio Oriente em moeda do BRICS, o dólar poderá ser afectado, o que não será mais senão um torcer de braço nos acordos comerciais com o Ocidente.

Pelo menos 30 países estão a considerar divorciar-se do estatuto do dólar como moeda de reserva global. O jornal chinês Global Times revelou recentemente que 25 desses países anunciaram que estão preparados para aderir ao BRICS e aceitar a nova moeda nas transacções internacionais.

Imbondeiro News