Capitão do exército tanzaniano acusa a Presidente da Tanzânia de não ter visão do país e exige mudanças

Enquanto o relógio está na sua ordem decrescente para as eleiçõe presidenciais tanzanianas, um capitão das Forças da Defesa da Tanzânia alega que a Presidente Samia Sululu Hassan não tem visão do país e que supostamente estará apenas a animar ainda mais a atmosfera já exacerbada de tensão.
John Charles Tesla, um instrutor de armas numa escola de aviação militar, exige a realização de mudanças neste país vizinho, que em 29 deste mês vai escolher um novo Presidente da República.
Tesla é citado num vídeo a circular nas redes sociais a dizer que “cabe aos cidadãos a tomarem uma acção, especialmente a geração Z”.
No vídeo ele aparece como estando a apelar para agitar um suposto derrube do governo.
Nas suas críticas, este oficial não poupa o actual e os antigos governos e todos os Presidentes do país.
Entre outras alegações, inclui “estado profundo” de influência, que, segundo ele, compromete figuras influentes no exército, na polícia, no sistema judicial, finanças e nos media e que operam sem responsabilidade pública.
O antigo Presidente tanzaniano, Jakaya Kikwete, e o homem de negócios, Rostam Azizi, aparecem citados no vídeo, como sendo figuras chave, em orquestrar esta rede que, para Tesha, é responsável pela venda de recursos nacionais, fraude eleitoral e silenciamento da oposição.
O oficial opõe-se ao contínuo processo eleitoral, descrevendo-o de uma “armadilha” orquestrada pela Presidente do Chama Cha Mapinduzi (CCM) para as eleições do final deste mês.
Tesha critica o governo por alegadamente estar a suprimir vozes dos cidadãos e partidos da oposição, por deter líderes oposicionistas e por ameaçar a democracia.
Tesla afirma que a corrupção e pilhagem de recursos aumentaram sob a administração da Presidente Sululu, particularmente em contractos envolvendo portos, minas e minerais.
No vídeo, Tesha explica ter comunicado oficialmente aos seus superiores, incluindo ao chefe das Forças de Defesa, alertando a ramificação dos resultados de uma eleição contestada, assegurando haver prontidão de “enfrentar” as consequências destas acções.
A polícia tanzaniana avisa para a detenção dos que estão por detrás deste vídeo por “abusarem” os meios da comunicação social.
Imbondeiro News
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