Chapo desafia empresas nacionais a aproveitarem os contratos no projecto de gás Coral Norte

O Presidente da República, Daniel Chapo, desafiou, esta quinta-feira, em Maputo, as empresas nacionais para aproveitarem os contratos de três mil milhões de dólares eua que vão ser atribuídos pelo novo projecto de gás Coral Norte, na bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, no norte do país.
Intervindo na cerimónia da assinatura da Decisão Final (FID, na sigla inglesa), da nova plataforma flutuante de Gás Natural Liquefeito (GNL), Chapo anunciou que “estão reservados 800 milhões de dólares em contratos para empresas nacionais, nos primeiros seis anos, podendo este valor atingir três mil milhões de dólares ao longo de todo o projecto”.
O chefe de Estado assinalou que “se trata de uma oportunidade única para as micro, pequenas e médias empresas nacionais se capacitarem técnica e financeiramente, tornando-se competitivas e fornecedoras no mercado global”.
Sublinhou que este projecto “é uma esperança para o povo moçambicano”, por chegar “num momento em que o país enfrenta desafios macroeconómicos e sociais importantes”, como “pressões” na balança de pagamentos, “necessidade de criação de emprego” e o “imperativo de diversificação” da economia.
Recomendou “para que as receitas não venham só do gás, mas também venham do turismo, da agricultura, de energia e de outras áreas económicas tradicionais de desenvolvimento, incluindo indústria”.
Ele referiu que ”o Coral Norte deve ser um pilar de estabilidade económica e social de Moçambique, um catalisador de industrialização e um instrumento de prosperidade inclusiva entre os moçambicanos”.
O Presidente acrescentou que o acto de hoje “não é apenas uma formalidade”, mas “representa a afirmação clara e inequívoca de que Moçambique se posiciona, de forma decisiva, como um actor energético global”.
Concluiu que “este projecto demonstrou que Moçambique pode competir nos mercados globais mais exigentes, ao mesmo tempo que trouxe lições sobre a importância da boa governação, da transparência e da gestão responsável das receitas para o desenvolvimento e criar melhores condições para o povo moçambicano”.
Imbondeiro News
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