Chuvas e ciclone Freddy afectaram mais de um milhão de pessoas e provocaram 306 mortos

Dados oficiais apontam para 306 mortos e mais de 1,3 milhão de pessoas afectadas por chuvas intensas e passagem do ciclone Freddy, no primeiro trimestre do ano em curso, nas três regiões de Moçambique.

Os dados, que aparecem inseridos no balanço económico e social da execução do orçamento do Estado, no período entre Janeiro e Março, indicam que aqueles fenómenos climáticos também destruíram 236 mil casas e 3.200 salas de aula.

No período em referência, foram registas “chuvas excessivas” que provocaram inundações, sobretudo na cidade de Maputo.

O período também foi marcado pela passagem do ciclone Freddy, por duas vezes, sendo a primeira na província sulista de Inhambane e, depois, na Zambézia, no centro, e norte, “tendo causado mortes e destruição de várias infraestruturas económicas e sociais nos lugares afectados”.

Os mesmos dados mostram que estes “eventos climáticos extremos” afectaram um total de 1.354.839 pessoas, o que corresponde a 305.566 famílias, incluindo a destruição de 236.039 casas.

“Registou-se ainda a destruição de 3.262 salas de aula, 143 unidades sanitárias, 557 casas de culto e 673 postes de energia. Estes fenómenos provocaram a morte de 306 pessoas e 807 feridos”, de acordo com os dados.

Especificam que no sector da agricultura, um total de 711.791 hectares de culturas diversas ficou afectado, dos quais 321.367 hectares perdidos, envolvendo assim 418.694 agricultores.

Para mitigar o problema, foi activada a linha “sustenta emergência”, que alocou 25.000 kits de insumos para a segurança alimentar, nas províncias de Maputo e de Inhambane, ambas no sul do país.

Os dados apontam ainda para a destruição de 373 embarcações de pesca, 2.499 artes de pesca e 472 unidades piscícolas, enquanto no sector das infra-estruturas, foram afectados 13.886 quilómetros de estradas, dos quais 5.447 quilómetros totalmente danificados, e ainda 47 pontes, 26 pontões e 282 aquedutos.

Imbondeiro News