Comunidades em uMkhanyakude pedem Presidente Ramaphosa para combater crime além fronteira

Comunidades residentes no distrito municipal de uMkhanyakude, norte da província sul-africana do KwaZulu-Natal, pedem ao governo do país a resolver, o mais breve possível, o problema da criminalidade que tem assolado as áreas fronteiriças entre Moçambique e África do Sul que, em Fevereiro, provocou uma onda de assaltos e inceneração de viaturas com matrículas moçambicanas.
Assim, querem ver o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, a envolver-se com o governo moçambicano, na busca de soluções do problema.
Consideram de ser intolerável o clima de tensão instalado na região, com o aumento de mais casos de sequestros e contrabandos de viaturas protagonizados por sindicatos de crime além-fronteira.
O diário sul-africano Mavereck escreve que grandes números de pessoas tomaram, há dias, as principais ruas de uMkhanyakude, em protesto à instabilidade na região e disseram esperar que o Presidente Ramaphosa tome medidas decisivas para erradicar este flagelo.
Afirmaram que Ramaphosa devia responsabilizar aos envolvidos nessas ilícitas actividades, indicando, todavia, ser inconcebível que um dado veículo seja roubado e contrabandeado para um outro país sem o conhecimento das autoridades.
Elijah Mthembu, residente da área municipal de Mngobokazi, disse “não acreditar que esses sindicatos estejam a operar sozinhos.” Zenzele Ntuli, outro residente interpelado pelo Maverick, ameaçou que se o problema não for resolvido a tempo, os residentes farão justiça com as suas próprias.
Entretanto, Sipho Hlomuka, director dos Transportes do KwaZuklu-Natal, apelou para calma e ordenou aos agentes da lei e ordem a endurecerem as suas campanhas de desactivação de redes de criminosos, que desestabilizam a região.
O jornal descreve aquela região como sendo um paraíso para grupos de crime, onde, além de sequestros de viaturas, também reina contrabando de drogas, incluindo cocaína, heroína, metanfetamina e cigarros falsificados.
Com vista fazer face à esta situação, as autoridades policiais decidiram instalar uma força constituída por mais de 100 agentes, que acabaram por prender um sul-africano que, ao longo de nove anos, se envolvia em assaltos de viaturas, nos dois países.
O Coronel policial, Robert Netshiunda, confirmou a detenção do referido individuo, que responde pelo nome Vusi Amos Malwane, acusado de posse ilegal de uma arma de fogo, munições e vários casos envolvendo sequestros de viaturas.
Ele vinha sendo procurando pela polícia, nos últimos nove anos, após evadir-se da prisão, em 2014.
A polícia acredita que Malwane seja o cabecilha de sindicatos que se dedicam a sequestros e contrabando de viaturas, produtos falsificados e drogas, ao longo da fronteira de Kosi Bay, entre as áreas de Manguzi e Ponta de Ouro.
Imbondeiro News
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