Debates em curso na África do Sul sobre mudança do nome do Parque Nacional Kruger

Decorrem, na vizinha África do Sul, debates sobre a mudança do nome do Parque Nacional Kruger, o maior santuário mundial de fauna bravia, localizado na província sul-africana de Mpumalanga, que se limita com as sulistas moçambicanas de Gaza e Maputo.
Inicialmente, aquele parque era chamado Reserva do Sabi, mas em 1926 viria ser rebaptizada Kruger Park, para homenagear Paul Kruger, que foi Presidente do que era chamada República sul-africana, que hoje é parte do leste da África do Sul.
Rhulani Qhibi, do partido Combatentes para a Liberdade Económica (EFF, na sigla em inglês), de Julius Malema, questiona “como é que podemos celebrar o legado quando o nosso belo parque nacional continua a ser chamado com o nome do arquitecto do apartheid, Paul Kruger”?
O partido de Malema também propôs a mudança de nome de outras marcas de destaque na província, incluindo o Kruger Mpumalanga International airport.
Esta formação politica diz ainda que o nome de Skukuza, que de Tsonga para português significa “aquele que varre”, alcunha do primeiro director de prisão do parque, James Stevenson-Hamilton, fama que ganhou nas suas campanhas contra caçadores ilegais e comunidades negras que viviam na região.
A moção para mudança de nome foi adoptada pela legislatura provincial de Mpumalanga depois de receber apoio do Congresso Nacional Africano e do partido uMkhonto weSizwe.
No entanto, há vozes que acautelam para a possibilidade da mudança de nome desta reserva prejudicar o sector do turismo, que contribui com cerca de nove por cento da economia sul-africana.
O perito na área do turismo, Elmarine Slabbert, alerta que poderá ter “consequências graves, podendo até diluir o reconhecer internacional desta reserva e da própria África do Sul como um destino do turismo”.
Imbondeiro News
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