Depósitos de poupança atingem em Maio um recorde de 302.564 milhões de meticais

Categoria: Economia

Um relatório estatístico do Banco de Moçambique (BM) revela que as poupanças em depósito a prazo atingiram, em Maio de 2025, um recorde de 302.564 milhões de meticais, um aumento de 15 por cento, no ano passado.   

O documento mostra que, em Junho de 2024, esses depósitos tinham atingido os 264.709 milhões de meticais, crescendo de forma progressiva, todos os meses, até ao final de Maio último.

Em relação aos depósitos à ordem, o banco central diz que passaram de 377.783 milhões de meticais, em Junho de 2024, para 440.409 milhões de meticais, em Maio deste ano, um aumento de 16,5 por cento.

O Comité de Política Monetária (CPMO), do BM, efectuou cortes, pela sua nona vez consecutiva, no final de Julho, a taxa de juro de política monetária MIMO, em 75 pontos percentuais, que caiu para 10,25 por cento.

De acordo com o governador do BM, Rogério Zandamela, “esta medida deve-se à contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, no médio prazo, o que reflecte a tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias, não obstante a manutenção, a nível doméstico, de riscos de incertezas associados às projecções”.

Zandamela explica que, para o médio prazo, se prevê “uma recuperação gradual da actividade económica”, excluindo a produção do gás natural liquefeito, “favorecida pela redução das taxas de juro e pelas perspectivas de implementação de projectos em áreas estratégicas”.

Ele aponta que “os riscos e incertezas associados às projecções da inflação se mantêm elevados” e apresentam-se “como favoráveis factores do aumento da inflação, no médio prazo, os impactos do agravamento da situação para o Orçamento do Estasdo, as incertezas quanto à velocidade da resposição da capacidade produtiva e da oferta de bens e serviços e os efeitos dos choques climáticos”.

Refere que “o CPMO continuará com o processo de normalização da taxa MIMO no médio prazo, e o ritmo e a magnitude continuarão a depender das perspectivas da inflação, bem como da avaliação dos riscos e incertezas subjacentes às projecções do médio prazo”.

Imbondeiro News