Dívida da LAM estava sobreavaliada “por lapso” – admite Mateus Magala

O ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, acaba de admitir que a empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tinha uma dívida real inferior à declarada, por “lapso técnico”, o que obrigou a realização de uma correção que melhorou o seu passivo.
Magala disse que “estávamos com uma dívida insustentável, porque nos penalizamos com um lapso técnico ou conhecimento limitado,” mas “uma pequena correção” apurou que a LAM “não estava tão mal em termos de dívida.”
O governante explicou que a dívida conhecida de mais de 300 milhões de dólares que a transportadora aérea vinha declarando, “na verdade, era menos que isso”, porque uma parte “do que se imputou como dívida não era dívida.”
Realçou que a reavaliação dos encargos da companhia de bandeira permitiu a recuperação de 47,3 milhões de dólares de dívida, a favor da tesouraria da empresa, em um mês apenas.
Ele indicou que a operação se deveu “ao conhecimento técnico profundo” da Fly Modern Ark, a empresa sul-africana contratada pelo governo moçambicano, em Abril ultimo, para ajudar a normalizar a situação financeira e operacional da empresa.
A intervenção da Fly Modern Ark visa essencialmente “arrumar a casa,” para mais tarde o governo decidir sobre o futuro da transportadora, mas em função das opções indicadas nos estudos sobre a sua viabilidade, que inclui a privatização ou a identificação de uma companhia parceira.
Entretanto, a nova comissão de gestão anunciou que a LAM deixou de estar insolvente ao cobrar, desde Abril último, 47,3 milhões de dólares, em dívidas do Estado e privados.
“A posição de endividamento ficou reduzida,” melhorando assim o rácio de dívida sobre capital próprio, o que leva a LAM a “deixar de ser considerada insolvente”, segundo Sérgio Matos, membro da comissão de gestão da empresa.
Imbondeiro News
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