Dudula Operation faz justiça com as próprias mãos contra imigrantes africanos na África do Sul

O movimento anti-imigrante sul-africano “Operação Dudula” tem estado a recorrer ao método de fazer justiça pelas próprias mãos, atacando cidadãos estrangeiros, incluindo moçambicanos, como forma de forçá-los a regressarem aos seus respectivos países, por alegadamente serem a causa das más condições socioeconómicas.
O grupo, que tem ganho certa notoriedade, guia-se nestas campanhas pelo lema “Put South Africans First”, ou seja, “Primeiro os sul-africanos”, o que alimenta ainda mais o sentimento xenófobo de alguns sectores da vida no país.
Nas suas recentes operações de caça a estrangeiros, “Dudula Operation” que, de zulu para português, significa “expulsar ou abater”, tem exigido, por exemplo, que as crianças migrantes sejam excluídas das escolas públicas.
O movimento foi criado em 2021, com o pretexto de erradicar o crime e o tráfico de droga, no bairro do Soweto, nos arredores de Joanesburgo, mas de lá para cá tem-se dedicado mais ao combate a outros africanos.
Tem acusado a imigrantes de “roubarem” empregos e mulheres e os seus membros invadem edifícios, procuram migrantes, exigem documentos e bloqueiam centros de saúde, impedindo estrangeiros a terem acesso aos cuidados sanitários
Os protestos anti-imigração por organizados por este grupo têm mobilizado grandes multidões, especialmente nas cidades de Durban, no KwaZulu-Natal, e de Joanesburgo, o centro económico sul-africano.
Entretanto, o embaixador da África do Sul em Moçambique, Puleng Chaba, garantiu recentemente que moçambicanos radicados em território sul-africano serão protegidos pelo governo, indicando que Pretória não vai tolerar acções associadas a este movimento.
Imbondeiro News
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