Exposição sobre português moçambicano e outras línguas nacionais patente na USP até 10 de Setembro

O Centro Maria Antónia, da Universidade brasileira de São Paulo (USP), apresenta, até ao dia 10 de Setembro próximo, uma exposição intitulada “O Português de Moçambique no Caleidoscópio”, uma trabalho que insere mapas, gráficos, fotografias, desenhos animados, gravações em áudio e pósteres.
Com a parceria da Cátedra de Português Língua Segunda e Estrangeira da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e a Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, a exposição é da curadoria do designer Vincent Caudry e coordenação das professoras Inês Machungo e Perpétua Gonçalves.
O evento visa divulgar informações sobre os diferentes aspectos do português falado em Moçambique, como história, gramática, vocabulário e relações que mantém com outras línguas do país.
Insere-se em um conjunto de iniciativas viradas ao estudo e difusão da história linguística moçambicana e conta com o apoio do Centro de Estudos Africanos, Departamento de Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Linguística da USP.
Entretanto, pesquisadores dizem que a língua portuguesa em Moçambique está mais enriquecida com palavras nativas ou expressões resultantes da diversidade regional e do quotidiano.
A professora Hildizina Noberto Dias, afirmou há dias à DW África que a língua portuguesa falada em Moçambique está a sofrer uma série de mudanças linguísticas, em vários níveis de análise
Apontou as palavras ºmatapaº, ºmucapataº, ºtihoveº e ºximaº, como dentre muitos exemplos da mudança linguística. Alem destes, falou ainda de nomes de peixes como “xicoa” ou “pende”, que significa ºtilápiaº, como outra ilustração que está a enriquecer a língua de Camões.
Referiu que no sector dos transportes também se tornou comum para os moçambicanos usarem os termos “txopela”, “chapa” e “machimbombo”, palavras que nos últimos tempos identificam os moçambicanos.
Imbondeiro News
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