FMI aprova segunda revisão do programa de Moçambique e melhora crescimento para sete por cento

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de garantir a Moçambique um desembolso de 60,6 milhões de dólares norte-americanos, após aprovar a segunda revisão ao Programa de Financiamento Ampliado (ECF) e anuncia o crescimento do PIB, de cinco para sete por cento.
Numa nota citada pela Lusa, o FMI afirma que “à luz dos resultados programáticos mistos, as autoridades tomaram medidas substanciais para enfrentar com determinação os desafios macroeconómicos e manter o programa no bom caminho, no que diz respeito à redução da massa salarial e alinhamento das perspectivas orçamentais com os objectivos do programa”.
A aprovação da segunda revisão ao ECF, aprovado em Maio de 2022, eleva o valor total já recebido por Moçambique para 212,09 milhões de dólares norte-americanos, num total de 456 milhões de dólares.
Ainda no âmbito deste programa, o FMI diz ter observado dois critérios, nomeadamente o saldo orçamental primário, no final do ano passado, e a acumulação de dívidas externas por parte do sector público.
“O critério de desempenho do final de Dezembro de 2022, relativo ao saldo orçamental primário interno, não foi cumprido devido a derrapagens na execução da reforma da massa salarial e quebras de receitas”, segundo o FMI.
Refere por outro lado que “o desempenho do programa foi genericamente favorável, apesar de ter havido derrapagens notáveis na área orçamental, mas alguns compromissos no programa nas áreas da gestão orçamental e anti-corrupção foram completadas”.
Para este ano, prevê uma aceleração do crescimento do PIB de 4,2 por cento, em 2022, para sete por cento, este ano, antecipando que, no final de 2023, a inflação tenha descido de 10,3 por cento para 6,7 por cento,
Indica que o rácio da dívida, em função do PIB, deverá manter a trajectória descendente e chegar, ao final de 2023, nos 89,7 por cento.
Imbondeiro News
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