Governo reconhece que o fim da USAID em Moçambique ameaçou colapsar serviços básicos

Categoria: Economia
O governo moçambicano reconhece que o fim do financiamento da Agência dos Estados Unidos da América de Desenvolvimento Internacional (USAID), incluindo seus projectos no país, “representou um choque externo significativo”, com impactos nos sectores da saúde, agricultura e emprego, ameaçou o “colapso” de serviços básicos.
Um documento sobre a execução orçamental, do Ministério das Finanças, referente ao primeiro semestre, indica que o governo assume que a suspensão dos financiamentos da USAID, a partir de Janeiro, e depois o seu encerramento definitivo, obrigou o executivo a “redireccionar recursos internos para evitar o colapso dos serviços básicos”.
A fonte aponta que “neste contexto, o governo tem estado a adoptar medidas de política que visam garantir a sustentabilidade dos serviços essenciais e estimular a economia nacional”.
Explica que “estas medidas incluem a reorientação da despesa pública, mobilização de recursos internos, apoio à produção nacional, reforço da protecção social e melhoria da eficiência na gestão orçamental, mitigando assim os impactos negativos da interrupção da ajuda externa, promovendo a resiliência económica e social do país”.
Por outro lado, a agência de notação Fitch também reconhece que a suspensão dos apoios da USAID teve impacto na escassez de moeda estrangeira, ao representar três por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
Na sua mais recente avaliação de notação, a Fitch mostra que “a escassez de moeda estrangeira aumentou em 2025, devido à queda dos desembolsos externos ao governo e à suspensão da USAID”.
Imbondeiro News
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