Governo reduz despesas mas salários e dívida colocam pressão

O Ministério das Finanças alerta para pressão dos aumentos com salários e dívida pública, devido à “fraca mobilização de receitas internas”, lembrando que, no segundo trimestre de 2025, reduziu quatro por cento, em relação ao mesmo período de 2024.
No seu mais recente relatório de monitoria de riscos fiscais, o Ministério refere que a despesa pública “tem experimentado dinâmicas adversas no período recente, reflectindo uma rigidez estrutural e pressões sobre o Orçamento do Estado”.
Adianta que a execução orçamental, no segundo trimestre, a despesa do Estado reduziu em quatro por cento, no valor de 3,8 mil milhões de meticais.
O documento explica que “as maiores pressões foram observadas nas rubricas de despesas com pessoal e nos encargos com a dívida pública, com 52 por cento e 11 por cento respectivamente, do total da despesa do trimestre, um aumento de 12 por cento da massa salarial e 25 por cento nos encargos, coma dívida pública, face ao período homólogo”.
O relatório destaca que no “curto prazo, prevê-se que pressão sobre a despesa do Estado se mantenha elevada”, com uma “fraca capacidade de mobilização de receita doméstica, bem como os impactos decorrentes do relaxamento de diversos programas de apoio ao Orçamento do Estado e ao desenvolvimento por parte dos parceiros internacionais”.
“Esta conjuntura impõe desafios acrescidos à sustentabilidade fiscal, exigindo maior rigor na gestão das contas públicas, na definição de prioridades orçamentais e reforço da disciplina fiscal”, de acordo com o relatório.
O governo estima para 2026 um défice fiscal acima dos seis por cento do Produto Interno Bruto.
Imbondeiro News
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