Grupo africano acredita que Moçambique está comprometido contra branqueamento e crimes financeiros

Categoria: Economia
O Grupo de Combate à Lavagem de Dinheiro da África Oriental e Austral (ESMAALG) admitiu, esta quarta-feira em Maputo, que o governo moçambicano demonstrou estar suficientemente “comprometido” com a saída da ‘lista cinzenta’ do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
Após uma reunião com a primeira-ministra, Maria Benvinda Levi, a directora executiva do ESMAALG, Fikili Zitha, disse aos jornalistas que “Moçambique demonstrou estar comprometido com este processo. Estamos muito satisfeitos por termos chegado a esta fase em que há luz no fim do túnel”.
Zitha explicou que está em Maputo com uma equipa que vai ajudar a este país a preparar a reunião que o Grupo de Acção Financeira Internacional vai realizar, de oito a 11 de Setembro, para decidir, no mês de Outubro, sobre a eventual saída da ‘lista cinzenta’ internacional de branqueamento de capitais.
A responsável afirmou que “estamos confiantes que o país fez o suficiente e preparou-se, tendo em conta todos os recursos investidos neste processo”, reconhecendo ainda que “não é um processo fácil. É um processo muito exigente, tanto em termos financeiros, como de recursos e de tempo”.
Salientou que Moçambique demonstrou um “compromisso político” e que acolheu os pedidos do GAFI, “não apenas como uma exigência obrigatória”, mas sobretudo como “algo positivo para o país, para a economia e o investimento”.
Ela saudou estes esforços “para que Moçambique seja visto como um destino seguro, onde os investidores podem entrar e também para que os moçambicanos possam viajar livremente e consumir, com todas as facilidades bancárias, sem quaisquer restrições”.
Em Maputo, o grupo vai avaliar, antes da reunião do GAFI, os mecanismos deste país e as medidas de que dispõe para o combate ao financiamento ao terrorismo e branqueamento de capitais.
Assim, pede às autoridades moçambicanas para avançar com a erradicação contra estes crimes, incluindo alterações da sua base legal no combate a estas ilegalidades transnacionais que exigem troca de informações e cooperação com outros Estados.
Também presente na reunião, a ministra das Finanças, Carla Loveira, afirmou que Moçambique vai apostar na “sustentabilidade” das medidas de luta contra os crimes de financiamento ao terrorismo e branqueamento de capitais e uso do sistema financeiro para crimes para evitar voltar à ‘lista cinzenta’ em 2030.
A África do Sul, Angola, Namíbia e Tanzânia também integram a ‘lista cinzenta’.
Imbondeiro News
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