Inkatha pede Presidente Ramaphosa a cumprir reconciliação na África do Sul

O Partido da Liberdade Inkatha (IFP) pede ao Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, a cumprir a reconciliação da maioria negra, sobretudo a que supostamente era defendida pelo Príncipe Mangosuthu Buthelezi, que morreu, na semana passada, aos 95 anos de idade.

Falando em exclusivo à Corporação da Rádio Difusão Sul-Africana (SABC- em inglês), o deputado e vice-presidente do Inkhata, Inkosi Mzamo Buthelezi, considerou que a reconciliação entre IFP e Congresso Nacional Africano (ANC) é de extrema importância para a África do Sul.

“É um tema muito profundo e emocional tratar de resolver e curar as feridas que ainda hoje existem”, sublinhou, acrescentando ser esta a razão de as duas organizações se reconciliarem, mas o que se torna um problema para “nós, como IFP, é o ANC ter esperado que o Príncipe morresse antes de levar este assunto a sério”, de acordo com Inkosi Mzamo Buthelezi.

A violência entre estas duas organizações políticas, registada nas províncias de KwaZulu-Natal e Gauteng, causou milhares de mortos desde 1984 e até à realização das primeiras eleições, em 1994.

Entretanto, o Presidente Ramaphosa falou, no passado fim-de-semana, sobre a necessidade de reconciliação durante o seu elogio fúnebre do fundador do IFP.

Disse que “o Príncipe Buthelezi demorou algum tempo para me expressar o seu desejo de ver o IFP e o Congresso Nacional Africano permanentemente reconciliados, trabalhando juntos na construção do nosso país. Por isso, ele ganhou a minha admiração”.

O líder do ANC sublinhou que “por mais difícil que seja neste momento” é importante que sejam cumpridos “os desejos que ele tinha de uma reconciliação sustentável e duradoura, não apenas entre o IFP e o ANC”, mas entre todos “como povo da África do Sul”.

Destacopu que “como partidos políticos, temos de trabalhar pela unidade. Temos de pôr de lado as nossas diferenças, aqui no KwaZulu-Natal e em todo o país, em prol da construção da nossa nação”.

Imbondero News