Julgamento de Chang poderá começar em Janeiro de 2024

Na sua primeira audiência perante o tribunal de Brooklyn, em Nova Iorque, Estados Unidos da América, o juiz Nicholas Garaufis,anunciou, na semana passada, que o julgamento do antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, poderá começar em Janeiro de 2024.
A Associated Press escreve que o juiz afirmou que gostaria de ver o julgamento a começar o mais rapidamente possível em Janeiro de 2024, por causa do longo período de prisão que Chang passou na África do Sul.
Embora Chang na audiência se tenha declarado inocente, a Procuradoria afirma haver possíveis provas de ter recebido mais de 13 milhões de dólares norte-americanos de subornos.
Não só, como também o seu advogado de defesa indicou que o seu constituinte assinou os documentos das dívidas não declaradas, mas não foi ele que aprovou.
O antigo ministro das Finanças moçambicano pesa ainda sobre si acusações de fraude electrónica e de valores imobiliários e lavagem de dinheiro.
Consta ainda do rol das acusações subornos à companhia Privinvest para garantir o apoio do governo à emissão de dois mil milhões de dólares de títulos de dívida.
A Procuradoria alega ainda a Chang ter assinado os documentos que autorizaram à Privinvest a vender os títulos de dívida a investidores internacionais, incluindo norte-americanos, e que nunca foram pagos.
Na sua primeira audiência, ocorrida na passada quinta-feira, os procuradores indicaram haver provas de Chang ter recebido cinco milhões de dólares de subornos da Privinvest e mais de 13 milhões de dólares pagos em alegados subornos.
O acusado declarou-se inocente e os seus advogados argumentaram que ele estava apenas a cumprir o seu papel de ministro das Finanças quando assinou os documentos autorizando a emissão dos títulos.
O advogado Adam Ford argumento que Chang era obrigado a assinar os documentos, porque “esse era o seu papel. Pela sua posição, assinou-os, mas não foi a sua decisão”.
Tentou convencer a Garaufis a aceitar a fiança de um milhão de dólares, pois Chang “pretende ficar aqui e lutar contra essas acusações”.
“As evidências sobre sua responsabilidade são fortes”, afirmou Garaufis, negando a liberdade sob fiança, por considerar haver risco de fuga.
O magistrado afirmou que ele pode entrar na Missão de Moçambique junto das Nações Unidas, país com o qual os Estados Unidos não têm acordo de extradição.
Entretanto, Chang deverá comparecer novamente em tribunal em Outubro quando os seus advogados apresentarem moções para que as acusações sejam anuladas.
A agência Bloomberg diz que caso for considerado culpado, Chang pode ter uma pena de até 55 anos.
Imbondeiro News
Comentários