Macron admite risco de enfraquecimento da Europa e Ocidente

 Macron admite risco de enfraquecimento da Europa e Ocidente

Defendendo uma politica mais realista europeia, o Presidente da França, Emmanuel Macron, admitiu, hoje, para o que classificou de risco de enfraquecimento da Europa e do Ocidente no actual contexto internacional, com a emergência de novas grandes potências no mundo.

Discursando perante embaixadores franceses, reunidos em Paris, a capital do país, o Presidente Macron reconheceu que o contexto internacional endureceu ao ponto de se estar a tornar mais complicado.

Citado pela agência francesa AFP, Macron confessou, no seu discurso, que o novo contexto ‘’corre o risco de enfraquecer o Ocidente e a nossa Europa em particular’’.

Expressou-se preocupado por o que considerou de um questionamento gradual da ordem internacional, na qual o Ocidente tinha um lugar predominante e continua a tê-lo.

Explicou que o tal questionamento resulta do regresso da guerra na Europa, indicando, como exemplo, a ofensiva russa na Ucrânia e do surgimento de uma ‘’política do ressentimento’’, desde a Ásia a África.

Apontou que a política do referido ressentimento se alimenta do ‘’anti-colonialismo, reinventado ou fantasiado’’, e do ‘’anti-ocidentalismo instrumentalizado’’.

Convidou aos europeus que ‘’precisamos de ser lúcidos, sem sermos excessivamente pessimistas’’.

O estadista francês defendeu ainda que se deve ‘’evitar a divisão do mundo’’ por causa da guerra na Ucrânia, numa altura em que os Estados do Sul se recusam a condenar a Rússia.

Mácron aconselhou que ‘’devemos evitar o estabelecimento de uma narrativa que consistiria em dizer que esta é a vossa guerra como europeus, não nos diz respeito’’.

Para Macron, a União Europeia vai precisar de uma maior integração institucional e até de ‘’várias velocidades’’ para integrar novos membros, sem, no entanto, replicar o que já foi feito, ou seja, ‘’um alargamento sem integração’’.

Falou ainda das necessidade daquele bloco económico ter ‘’uma política comercial mais realista’’ e que, para Macron, significa ‘’defender a base produtiva europeia’’, como já fazem outras potências, como a China e os Estados Unidos da América.

Imbondeiro News.

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