Médicos residentes do Hospital Central da Beira ameaçam paralisar as actividades extraordinárias a partir de 29 deste mês

Os médicos residentes do Hospital Central da Beira (HCB), na província central de Sofala, ameaçam que vão paralisar as actividades extraordinárias, como urgências e rondas, a partir de 29 deste mês, se não receberem as horas extras em atraso.
Num documento submetido ao director-geral do HCB, a classe descreve que há mais de dois anos e meio que não recebe as horas extras referentes às urgências médicas.
Apontam que a falta de pagamentos inclui também as rondas feitas aos fins-de-semana, feriados e outras actividades realizadas fora do horário normal de expediente.
Os médicos concluem que esta situação leva ao “desgaste físico, emocional e económico”, além do cansaço social, causado pela “carga das urgências”, naquele estabelecimento hospitalar, o maior no centro do pais.
A classe aponta que passado um ano e meio de “tentativas de envio das horas extras às orgânicas de proveniência”, mesmo com pedido de planificação anual dos anos 2024 e 2025 em cada orgânica do residente, as mesmas exigem um documento legal, remetendo ao hospital para o pagamento dos ordenados em atraso.
Os médicos sublinham que uma parte dos profissionais residentes, vindos da orgânica do HCB, “auferia as suas horas em atraso de Janeiro a Setembro de 2024”, deixando de fora os provenientes de outras províncias, “numa tentativa de dividir para reinar”.
Perante esta situação, eles decidiram paralisar as actividades feitas fora do horário normal de expediente, como de “urgências e rondas”, a partir de 29 de Outubro, “caso não se registe o pagamento das horas em atraso”.
Imbondeiro News
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