Militares golpistas no Gabão nomeiam General Nguema Presidente do Comité de Transição

 Militares golpistas no Gabão nomeiam General Nguema Presidente do Comité de Transição

Depois de 55 anos de poder da família Bongo, a junta militar golpista, anunciou, hoje (quinta-feira), que o General Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana, uma unidade de elite das Forças Armadas do Gabão, foi nomeado Presidente do Comité de Transição e de Restabelecimento das Instituições do país.

Agências internacionais de notícias dão conta que o grupo que agora detém o poder no Gabão anunciou ter escolhido Nguema ‘’por unanimidade’’, pondo assim fim aos 55 anos do poder da dinastia da família Bongo.

O deposto Presidente, Ali Bongo Ondimba, encontra-se em prisão domiciliária e um dos seus filhos foi imediatamente detido por ‘’traição’’, horas depois de os militares terem anunciado que tinham derrubado o governo, na sequência de Bongo ter sido declarado vencedor das eleições de sábado passado.

A BBC mostrou imagens de populares, nas ruas de Libraville, a capital, a celebrarem o fim do regime.

A DW tentou contactar Albert Ondo Ossa, candidato da principal força política da oposição, que preferiu distanciar-se de fazer qualquer comentário, indicando, todavia, que tudo dependia da evolução da situação.

A AFP escreve que para Gervais Oniane, presidente da União para a República e candidato às presidenciais, cujos resultados foram anulados pelos golpistas, a acção dos militares é sinónimo de ‘’libertação’’ e de ‘’alegria’’ para o povo do Gabão.

Oniane, citado pela AP, indicou que ‘’esperamos que o exército, que assumiu as suas responsabilidades, leve esta transição até ao fim, de modo a que a ordem seja restabelecida e o processo seja restaurado para que o poder seja devolvido aos civis o mais rapidamente possível’’.

Entretanto, reagindo à acção dos militares, a União Africana (UA) condenou veemente a destituição do Presidente Bongo, considerando o acto como sendo violação dos princípios da organização.

A comunidade internacional também já reagiu com um tom de reprovação tortal à acção dos militares.

Na mesma senda, a União Europeia (UE) também deixou um alerta e diz prever que este golpe vai aumentar a instabilidade em toda a região central de África.

Desde a independência da França, em 196, o Gabão era até sábado governado pela família Bongo.

Imbondeiro News

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