Ministro da Defesa confirma ataque terrorista na aldeia de Naquitenge em Mocimboa da Praia

O Ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, acaba de confirmar o ataque terrorista, ocorrido na passada sexta-feira contra a aldeia de Naquitenge, no distrito de Mocímboa da Praia, na província de Cabo Delgado.
Falando a jornalistas, em Maputo, Chume confirmou que os terroristas atacaram e mataram, na passada sexta feira, na aldeia de Naquitenge, e descreveu a investida como sendo um acto de vingança depois do abate, pelo exército, de um dos seus principais líderes, o moçambicano Bonomar Machude.
Bonomar Machude era descrito por vários especialistas como “uma simbiose entre brutalidade e justiceiro”, constando da lista de “terroristas globais” dos Estados Unidos e alvo de sanções da União Europeia.
Populares na zona revelaram a morte de 12 pessoas.
Com esta acção, eles queiram mostrar não só aos moçambicanos, mas também à comunidade internacional de que continuam activos na província.
O governante assegurou que as tropas e suas aliadas do Ruanda e da SAMIM vão continuar a combater aos extremistas.
Disse que “toda a capacidade deve continuar do nosso lado para não baixarmos a guarda, no sentido de que aniquilámos a cabeça da cobra, mas que há sacrifícios que temos que continuar a fazer para que de facto haja zero ocorrência de actividades dos terroristas”.
Chume reiterou o apelo à população para estar vigilante e denunciar movimento de pessoas estranhas nas suas comunidades.
Entretanto, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, considerou que a violência armada em Cabo Delgado continua a ser uma “grande preocupação” do empresariado, sobretudo após este novo ataque em Mocímboa da Praia.
Vuma acrescentou que decorre um novo estudo para avaliar o impacto actual dos ataques armados para o empresariado que opera naquela província.
Falando a jornalistas pouco depois de um encontro com o embaixador da União Europeia (UE) em Moçambique, Antonino Maggiore, ele afirmou que um estudo realizado em 2021 apontou para um impacto negativo, no sector empresarial, de cerca de 90 milhões de dólares norte-americanos.
Anunciou que estão em curso iniciativas, também junto da UE, para apoiar “os empresários e dinamizar o negócio” na província.
Vuma referiu que o novo estudo do impacto dos conflitos vai ser desenvolvido em função do regresso das comunidades e retoma da actividade económica em algumas regiões.
Imbondeiro News
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