Mnangagwa elogia democracia madura apesar de contestada sua reeleição

Pouco depois do anúncio da sua reeleição, o Presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, congratulou-se, no último fim-de-semana, por uma vez mais se manter à frente de uma ‘’democracia madura’’ e uma ‘’nação independente e soberana’’.

Citado pela AFP, Mnangagwa, reconduzido aos destinos do país, disse que ‘’demonstrámos que somos uma democracia madura’’.

No seu discurso que foi proferido a partir do palácio presidencial, o recém-eleito estadista zimbabweano agradeceu às missões de observação ‘’que testemunharam o processo eleitoral sem preconceitos’’.

Mnangagwa, de 80 anos, sublinhou que ‘’temos orgulho de ser uma nação independente e soberana’’.

A votação, que deveria encerrar na noite de quarta-feira, teve de ser prolongada para mais um dia, devido a falhas verificadas no processo, incluindo a falta de boletins de voto, especialmente em Harare, a capital do país.

De acordo com os resultados oficiais, anunciados a noite de sábado, Mnangagwa, apelidado de “o crocodilo”, devido aos seus dias como guerrilheiro, obteve 52,6 por cento dos votos, contra 44 por cento a favor de Nelson Chamisa, o líder da Coligação de Cidadãos pela Mudança (CCC- na sigla inglesa).

A imprensa reporta que a CCC se recusou a aceitar os resultados, classificando-os de ‘’distorcidos’’, bem como alegou ter havido uma ‘’contagem feita à pressa e sem a devida verificação’’.

‘’Como Estado soberano, pedimos a todos os nossos convidados que respeitem as nossas instituições nacionais’’, sublinhou Mnangagwa, chamando a atenção para ‘’a enorme participação no exercício do direito sagrado que é o voto’’.

A comissão eleitoral zimbabweana revelou que cerca de 69 por cento dos eleitores registados foram às urnas.

Imbondeiro News