Moçambique e Zimbabwe oficializam comissão conjunta de gestão de bacias hidrográficas

Os governos de Moçambique e Zimbabwe oficializaram, quinta-feira, na cidade da Beira, província de Sofala, a criação da comissão conjunta das bacias hidrográficas do Búzi, Púngue e Save (BUPUSA), que se vai ocupar pela gestão do uso sustentável das águas destes rios, partilhados por ambos os países.
Cecília Chamutota, vice-ministra moçambicana das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, disse que “hoje testemunhamos a cerimónia de lançamento da comissão das bacias hidrográficas do Búzi, Púngoè e Save”.
Chamutota acrescentou que “com o nosso país irmão, conseguimos, nos últimos anos, assinar os acordos sobre a cooperação para o desenvolvimento, gestão e uso sustentável dos recursos hídricos das bacias hidrográficas dos Rios Púngoé, Búzi e, recentemente, do rio Save”.
A governante referiu que os acordos rubricados entre os dois governos constituem um marco importante, por demonstrarem uma “vontade inequívoca e inabalável” de Moçambique e Zimbabwe na gestão dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas compartilhadas, dentro do quadro regional de cooperação para benefício mútuo em respeito da soberania de cada um dos Estados.
A criação desta comissão, que concretiza parte da implementação dos acordos recentemente assinados em Harare, capital do Zimbabwe, constitui, segundo a governante, uma “base sólida para o aprofundamento da cooperação regional”.
Considerou de “importância estratégica” as três bacias hidrográficas que atravessam as regiões centro e sul de Moçambique.
Ela defendeu para o cumprimento e implementação efectiva dos entendimetos, pois representam a boa-fé e intenção que as partes têm, assinalando que a estratégia da SADC relativamente à gestão dos recursos hídricos compartilhados, consiste no encorajamento e criação de condições para a assinatura de entendimentos de partilha de água entre os países.
Os governos de Moçambique e Zimbabwe assinaram um conjunto de acordos sobre a gestão das três bacias hidrográficas.
Os acordos prevêem a construção de infraestruturas e seguem “o princípio do uso racional da água, para melhorar os sistemas de previsão e aviso de cheias” e implementação de “mecanismos de resposta a eventos extremos”, cada vez “mais frequentes e severos”, concluiu.
Imbondeiro News
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