Moçambique ocupa 23ª posição no Índice Africano sobre Finanças promovido pelo Absa e Nações Unidas

 Moçambique ocupa 23ª posição no Índice Africano sobre Finanças promovido pelo Absa e Nações Unidas

O Índice Africano sobre Finanças, um documento que avalia o desenvolvimento dos mercados financeiros, feito pelo banco Absa, em colaboração com a Comissão Económica para África da Organizaçção das Nações Unidas (UNECA), aponta que Moçambique ocupa a 23ª posição numa lista de 29 economias no continente.

O índice, que é uma referência para medir o desenvolvimento dos mercados de capitais em países africanos, diz que Moçambique melhorou uma posição, passando de 24ª para 23ª, numa lista em que é elogiada a nova estratégia de inclusão financeira.

Além de Moçambique, aparece também Angola que melhorou a sua posição para 24º lugar, destacando a “impressionante queda na inflação”.

O Índice coloca Cabo Verde em 16.º lugar entre os países que mais desenvolveram os seus mercados financeiros, em 2024.

Salienta que Cabo Verde caiu duas posições este ano, passando de 14.º para 16.º, mas mesmo assim, o relatório destaca a aprovação de nova legislação que “permite a exploração de moedas digitais dos bancos centrais.”

O relatório “avalia o desenvolvimento dos mercados financeiros no continente, através da transparência, acessibilidade e abertura, fornecendo um referencial para a infra-estrutura do mercado e uma oportunidade para os decisores políticos aprenderem com os melhoramentos feitos em todo o continente”.

As 29 economias mencionadas pelo documento representam pelo menos 80 por cento da população e o Produto Interno Bruto de África, usando seis pilares para chegar ao índice final, nomeadamente a profundidade do mercado, acesso à moeda estrangeira, transparência do mercado, do fisco e do ambiente regulatório, desenvolvimento dos fundos de pensões, ambiente macroeconómico e transparência e padrões legais e aplicabilidade.

O director-executivo da UNECA para África, Claver Gatete, refere que o índice “destaca a crescente importância do financiamento alinhado com o clima, com mais economias a emitir obrigações verdes e ligadas à sustentabilidade, a realizar testes de stress climático e a lançar plataformas como o primeiro mercado voluntário de carbono regulamentado de África.”

Gatete acrescenta que “manter este impulso vai exigir um compromisso inabalável com a transparência, a segurança jurídica e a expansão do investimento institucional doméstico”, concluindo que “agora é o momento de ampliar as soluções dos mercados de capitais que se alinham com as prioridades do continente sob a Agenda 2063 e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”.

Imbondeiro News

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