Nova onda de ataques armados faz cerca de 47 mil deslocados na província de Cabo Delgado

Categoria: Sociedade

O Instituto de Psicologia Paz de Moçambique estima em pelo menos 47 mil o número de deslocados internos causados pela onda de novos ataques armados na província de Cabo Delgado, no norte do país, onde grupos extremistas reivindicam a morte de 18 paramilitares.

Um relatório desta organização não-governamental refere que o grosso dos deslocados está concentrado na sede do distrito de Chiúre, que abriga 42.411 pessoas, de 10.075 famílias.

O documento diz que os distritos de Muidumbe e Ancuabe também acomodam deslocados, com 2.310 e 1.946 pessoas, respectivamente.

Elementos associados ao grupo extremista Estado Islâmico reivindicaram a autoria de um ataque, em 24 de Julho, contra a aldeia e posto policial de Chiúre Velho.

Também reclamaram a morte, num ataque ocorrido em Walicha, em Chiúre, de 18 paramilitares “naparamas”,  além da destruição de “dezenas de casas” e motorizadas. 

O relatório admite a possibilidade de os números continuarem a aumentar, devido aos ataques de 28 de Julho nas aldeias de Namahapa e Melija (Ocua).

Destaca que, nos últimos dias, tem havido registo de város incidentes, com ataques, mortos, rapto de camponeses e populações a abandonarem as suas casas em aldeias do distrito de Ancuabe e no posto administrativo de Ocua.

Aponta ainda que 262 famílias receberam ‘kits’ de assistência no Centro de Transição de Micone, em Chiúre, onde foi realizado um rastreio nutricional, sobretudo em menores de idade.

Fala também do centro de Namicir, onde aponta a colaboração entre várias organizações, como o Programa Mundial de Alimentação, a Organização Internacional para as Migrações e o Fundo das Nações Unidas para a Infância, beneficiando a 800 famílias.

Imbondeiro News