Oposição zimbabweana considera processo nulo e exige novas eleições presidenciais

A Coligação Cidadãos para a Mudança (CCM, em inglês), principal partido da oposição no Zimbabwe, exige a realização de novas eleições presidenciais sob a supervisão dos Estados vizinhos, após classificar a recente votação de ‘’caótica e nula’’, por ter reconduzido o Presidente zimbabweano, Emmerson Mnangagwa, para um segundo e ultimato mandato, no país.
Falando a jornalistas, na terça-feira em Harare, capital zimbabweana, Gift Siziba, porta-voz da CCM, considerou que ‘’todo o processo foi caótico e nulo’’ e que os resultados ‘’não reflectem a verdadeira vontade do povo do Zimbabwe’’.
Citado pela Afp, Ap e Dialymotion, Siziba admitiu que ‘’não há escolha a não ser realizar uma nova eleição justa’’, mas sob a supervisão dos Estados vizinhos.
“Apelamos aos nossos irmãos africanos para facilitarem, mediarem e garantirem um processo que vai levar o nosso país à legitimidade”, de acordo com Siziba, citado pela Ap.
Ele negou dizer se a CCM terá comunicado à Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e União Africana (UA) e organismos regionais de observadores acerca deste posicionamento para novas eleições.
Entretanto, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, já congratulou ao governo de Mnangagwa pela votação e o estadista namibiano, Hage Geingob, também disse ter tomado nota sobre a informação avançada pelos observadores, acerca do escrutínio.
Instado a dizer se haverá ou não um eventual recurso na justiça, o porta-voz da CCM escusou-se a avançar detalhes, limitando-se a dizer que ‘’os procedimentos necessários serão adoptados no momento oportuno’’.
Dos 12 candidatos ao posto mais elevado da nação, o Presidente Mnangagwa, de 80 anos, foi declarado vencedor, com 52,6 por cento dos votos, e o líder da CCM, Nelson Chamissa, 44 por cento.
A oposição não aceitou a contagem dos votos, evocando manipulação. Chamisa declarou-se vencedor, argumentando ter na sua posse ‘’os resultados reais’’.
Apesar de observadores internacionais apontarem ‘’problemas’’ que afectaram a ‘’transparência’’, a Missão de Observadores da Commonwealth (CEOM- em inglês) saudou a maneira como a Comissão Eleitoral Zimbabweana (ZEC-na sigla inglesa) geriu todo o processo.
A Afp e Dailymotion citam a embaixadora Amina Mohamed, chefe da CEOM, a congratular a ZEC pelo seu profissionalismo e eficiência na organização da votação.
Imbondeiro News
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