Partido Anamola volta a criticar a fata de integração no diálogo político e anuncia auscultação paralela

O partido Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo (Anamola), do político Venâncio Mondlane, voltou a criticar, este domingo, a falta de integração na comissão técnica do diálogo político, que arrancou hoje, no país, e anunciou uma auscultação paralela.
O secretário-geral desta nova formação política, Messias Uarremo, afirmou que “nenhum dos partidos que hoje se outorga parte deste debate, deste cenário, na direcção dos trabalhos do diálogo inclusivo, esteve na rua e protestou activamente contra as injustiças eleitorais. Pelo contrário, como bebés, correram e foram sentar na Assembleia da República”.
Em conferência de imprensa, em Maputo, o partido de Mondlane apontou a falta de resposta ao seu pedido de inclusão, referindo que esta organização tem direito, porque “nasceu das reivindicações eleitorais” que levaram a este diálogo para as reformas estatais.
Messias insistiu que “quem esteve na rua, quem reivindicou as injustiças eleitorais foram os moçambicanos que se reviam e se revêem nos ideais de Venâncio Mondlane e foi por causa da sua lua e do martirizado povo moçambicano, que inalou gás lacrimogénio por meses, que ainda continua e que vive com feridas abertas e bala de chumbo no corpo, que este diálogo, hoje dito inclusivo tem lugar”.
Acrescentou que “o contrário deste cenário é falácia. Estes são factos insofismáveis. Ignorar esta franja como parte activa do diálogo, com o mesmo papel de igualdade de direitos, de estar na condução do diálogo inclusivo, não só é ignorar a voz de uma parte substancial da população, mas também é perpetuar a desconfiança com relação às instituições democráticas que já enfrentam desafios consideráveis”.
O partido Anamola anunciou que, face a este cenário, vai arrancar com uma auscultação paralela, prometendo entregar os resultados deste trabalho à Comissão Técnica para o Diálogo.
Imbondeiro News
Comentários