Pelo menos 100 mil pessoas figuram dos ataques das duas últimas semana no norte de Moçambique

 Pelo menos 100 mil pessoas figuram dos ataques das duas últimas semana no norte de Moçambique

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) diz que cerca de 100 mil pessoas fugiram da “rápida Propagação” dos ataques armados, registados, nas últimas duas semanas, em zonas “anteriormente consideradas seguras”, no norte do país.

Em comunicado, o ACNUR expressa estar “profundamente preocupado com a intensificação dos ataques a aldeias e a rápida propagação do conflito para distritos anteriormente seguros”, que forçam “dezenas de milhares de pessoas a fugir pelo norte de Moçambique, com quase 100 mil deslocados apenas nas últimas duas semanas”.

Refere que “à medida que a violência se alastra rapidamente, os civis quase não têm aviso prévio e chegam a locais improvisados, incluindo escolas e espaços abertos, na província de Nampula”.

A nota adianta que “muitos fogem sem qualquer documento civil e sem acesso a serviços essenciais, caminhando durante dias em extremo medo, a falta de rotas seguras e de apoio básico deixa famílias, especialmente mulheres e meninas, em risco de exploração e abuso”.

Esta agência das Nações Unidas destaca que “escolas, igreja e espaços abertos estão lotados de famílias recém-chegadas, muitas dormindo ao relento”.

O ACNUR avisa que “a falta de iluminação e privacidade nesses abrigos comunitários expõe mulheres e meninas, a novos riscos de violência sexual e de género, enquanto idosos e pessoas com deficiência lutam em locais inacessíveis ou sem infra-estrutura adequada às suas necessidades”.

Fala igualmente de crianças que “chagam exaustas, traumatizadas e debilitadas após dias de caminhada, algumas desnutridas e com os pés inchados”.

Imbondeiro News

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