Policia moçambicana nega alegações dos dois estrangeiros detidos de que as armas serviam de protecção pessoal

A Polícia da República de Moçambique (PRM), na província de Manica, centro do pais, nega de forma categórica alegações, avançadas pelos dois estrangeiros detidos na posse de engenhos de guerra, segundo as quais as armas serviam para proteção pessoal.
Trata-se de um português, de nome João Moreira da Cruz, dono do Jardim Restaurante, situado na cidade de Chimoio e zimbabweno, Gert Andrew Naupe, director de uma empresa de comercialização agrícola (Deca).
Ambos dizem que as armas serviam para protecção própria, argumento posto de lado pelas autoridades policiais.
Segundo escreve a Lusa, da lista de material apreendido constam cerca de 16 pistolas a pressão de ar, 10 pistolas de guerra e quatro carregadores, nove caçadeiras, três armas de pressão de ar, 60 munições de metralhadoras automáticas PK e igual número de munições de fuzil de assalto AKM.
Além desta lista, a polícia ainda recolheu quatro colectes à prova de bala, 43 baionetas, dois machados e três azagaias, 53 rádios de comunicação de baixa frequência, um relógio bússola, quatro telemóveis, um par de binóculos e duas máquinas de filmar e um embrulho de canábís, cujo volume não foi quantificado.
Mateus Mindu, porta-voz da PRM em Manica, disse que “os calibres do armamento apreendido mostram que não é para defesa” própria ou de propriedades.
Portanto, trata-se ao todo de um extenso arsenal, constituído por 38 armas e centenas de munições, apreendido em dois apartamentos de um condomínio no bairro de na cidade capital de Manica, onde os dois suspeitos moravam com visto de trabalho, no pais.
Mindu acrescentou que esta é a segunda apreensão de armamento de guerra envolvendo estrangeiros este ano na província de Manica. O primeiro caso ocorreu no princípio deste ano, em Machipanda, a principal fronteira terrestre entre Moçambique e Zimbabwe, tendo sido apreendidos uma AKM e uma elevada quantidade de explosivos, que supostamente seriam usados no garimpo ilegal.
Na ocasião, um cidadão moçambicano e outro zimbabueano foram detidos e levados à justiça.
Mindu anunciou que a polícia continua a investigar o destino deste armamento, cujo processo foi já remetido ao Ministério Público para procedimentos subsequentes.
Imbondeiro News
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