Polícia queniana mata a tiro três pessoas um dia antes do funeral do antigo primeiro-ministro Odinga

Um dia antes de o funeral de Estado do antigo primeiro-ministro do Quénia, Raila Odinga, realizado, esta sexta-feira, em Nairobi, a capital do país, a polícia queniana matou a tiro três indivíduos, que integravam uma multidão de milhares de pessoas que prestava homenagem ao ex-líder oposicionista.

Odinga, de 80 anos, morreu de um suposto ataque cardíaco, numa clínica no sul da Índia, nesta quarta-feira.

Após o anúncio da morte do então primeiro-ministro queniano, aquele país da África Oriental viu-se mergulhado em distúrbios, com milhares de apoiantes a saírem à rua.

Uma multidão ocupou a entrada da sala do VIP do aeroporto internacional, com a polícia a disparar balas, resultando na morte de pelo menos três pessoas, segundo o grupo dos direitos humanos VOCAL.

A AFP reporta ter conversando com familiares das vítimas nesta sexta-feira e conseguiu ter imagens dos corpos, cravados de balas.

A esposa de um dos perecidos, de nome Evans Kiche, de 40 anos, disse que ele foi ferido na cabeça.

Hussein Khalid, chefe do VOCAL África, condenou “o uso excessivo da força contra a multidão por estar contra a lei” em vigor no país.

Imbondeiro News