Presidente do banco BRICS apela para criação de um global sul focado em sistema financeiro

A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB – em inglês), também conhecido por banco do BRICS, a brasileira Dilma Rousseff, apelou, há dias, para o estabelecimento de uma arquitectura financeira mais virada para o Global Sul, com vista a garantir o crescimento sustentável nesta parte da humanidade.
Falando na sessão de abertura do décimo quarto fórum Lujiazul, em Shanghai, na China, intitulado “Global Financial Opening up and Cooperation New Derivers of Economic Recovery”, a antiga Presidente do Brasil falou da importância do estabelecimento de novas estruturas financeiras mais viradas para o Global Sul.
De acordo com a Bitcoin.com, a presidente do NDB considerou de urgente “criarmos uma nova arquitectura capaz de canalizar a liquidez disponível, de modo a financiar, na escala viável, e sob condições exigidas pelos países do Global Sul.
O conceito do Global Sul, avançado pelo escritor norte-americano, Carl Oglesby, em 1939, refere-se a países subdesenvolvidos, que estão fora dos tradicionais centros de poder, na sua maioria da África, América Latina, Ásia e Oceânia.
A antiga Presidente do Brasil detalhou que a criação desses novos instrumentos financeiros, preferivelmente em moedas locais, visa essencialmente promover investimentos a longo prazo.
É filosofia do banco do BRICS partilhar o financiamento dos projectos em moedas locais, na perspectiva de fortalecer os mercados domésticos dos países membros e proteger os seus mutuários de riscos da flutuação da moeda.
No discurso, ela mencionou o multilateralismo, que se reveste de certa importância estratégica para o grupo.
Informou que o NDB conta com mais três países que ainda não são membros do bloco, como Arábia Saudita, Argentina, Bangladesh, Egipto e Emiratos Árabes Unidos.
O último país a solicitar adesão ao NDB é Honduras. O pedido foi feito formalmente pelo Presidente hondurenho,Xiomara Castro, que esteve em visita de Estado à China, a convite do seu homólogo chinês, Xi Jinping.
Os dois lados assinaram vários acordos, cobrindo as áreas da económica, cultura e política. Castro teve a oportunidade de se reunir com Dilma Rousseff, que reafirmou o compromisso da instituição na promoção e desenvolvimento sustentável e cooperação internacional.
Dilma Rousseff explicou que o banco está aberto para receber mais membros, dentro dos seus planos de desenvolvimento, ao que o Presidente Castro explicou que o pedido de adesão ao banco se deve mais ao facto de o seu país pretender encontrar alternativas a modelos tradicionais de financiamento, que ”em muitos casos apenas trazem mais pobreza e miséria.”
A Argentina espera também se juntar ao grupo, nos próximos meses.
Contudo, apesar de ter sido estabelecido em 2014, o banco da aliança BRICS começou a ganhar certa relevância na arena mundial, com o aumentocada vezcrescentedo bloco e seus esforços sobre a descentralização do sistema financeiro global.
Imbondeiro News
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