Presidente Lula entende que a fome não é falta de comida mas de justiça e decisões equivocadas
O Presidente do Brasil, Lula da Silva, apelou, esta segunda-feira, em Maputo, aos jovens para que não desistam, porque o politico decente está neles e que a fome não é falta de comida, mas de justiça e decisões “equivocadas”.
Intervindo depois de receber o titulo de doutor “honoris causa”, pela Universidade Pedagógica de Moçambique, o chefe de Estado brasileiro apontou que “a fome não é falta de comida, é falta de justiça. É o resultado de decisões políticas equivocadas, de desigualdades históricas, de sistemas económicos que concentram renda e oportunidades”.
Lembrar que Lula foi igualmente outorgado em 2010, o título de doutor honoris causa, mas pela Universidade Eduardo Mondlane, na sua última visita ao país.
Ele reiterou que ninguém pode ser privado de estudar pelo lugar que nasceu, pela religião ou mesmo pela origem financeira familiar, cabendo ao Estado garantir a todos as mesmas oportunidades.
O chefe de Estado brasileiro salientou que “eu sei quanto vale um trabalhador ir procurar emprego sem profissão, eu sei quanto vale uma menina, uma mulher, ir procurar emprego sem profissão. Eu sei quantos abusos a gente sofre sem ter tido as oportunidades. É por isso que a educação, para mim, é uma obsessão”.
Ilustrando como exemplo da sua trajectória de vida, em que também enfrentou dificuldades para continuar com os estudos, Lula aconselhou aos jovens que “não desistam nunca”, mesmo enfrentando situações adversas.
Convidou à juventude que não desanime, e, em qualquer que seja a dificuldade enfrentada, “lutar sempre, desistir jamais”.
“Quando vocês não desistirem acreditando mais na política, quando vocês acharem que ninguém presta, quando vocês acharem que todo o mundo é corrupto, pelo amor de Deus, não desistam, porque o político decente está dentro de vocês e não dentro dos outros”, insistiu.
Disse que “o mundo produz alimento suficiente para dois tantos de gente que tem no mundo comer e qual é a explicação de ter 700 milhões de pessoas passado fome”, questionando ainda que “isso não é falta de vergonha na cara de quem governa o mundo”?
O Presidente do Brasil terminou a sua intervenção, indicando que “não podemos aceitar que o povo pobre seja tratado como se fosse indivíduo, nós não somos indivíduos, queremos ser tratados com respeito”.
Imbondeiro News
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