Privinvest e Iskanda Safa tentam arrastar Nyusi para caso das dívidas ocultas

 Privinvest e Iskanda Safa tentam arrastar Nyusi para caso das dívidas ocultas

O caso ‘’das dívidas ocultas” está a assumir outros contornos, com a empresa de construção naval ‘’Privinvest’’ e seu proprietário, Skandar Safa, a tentarem arrastar o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, para a disputa, sob pretexto de que deve contribuir para qualquer danos que possam ser condenados e pagar se forem considerados responsáveis perante o país.

Este posicionamento segue a investigações criminais desencadeadas em Maputo e Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, além de uma série de processos judiciais a decorrer na capital britânica, Londres, que envolvem o banco Credit Suisse e a Privinvest e Uskandar Safa e outros suspeitos neste caso.

A alegação apresentada por ambas as partes contra o Presidente Nyusi tem como horizonte pagamentos de 11 milhões de dólares, que a Privinvest teria feito em 2014 para financiar a sua candidatura à Presidência da República e campanha eleitoral do partido Frelimo.

Mas Nyusi argumenta que tem direito a imunidade como chefe de Estado em exercício. Assim, foi representado, em tribunal na passada terça-feira, pelo seu advogado, Rodney Dixon.

A Reuters refere que a questão de imunidade do estadista moçambicano é a mais recente reviravolta na longa disputa, centrada em três negócios havidos entre empresas estatais e a Privinvest, visando desenvolver a indústria pesqueira e segurança marítima no país.

Nesta disputa, Moçambique procura revogar a garantia soberana a um empréstimo que terá sido obtido de forma alegadamente corrupta e obter uma indemnização por outras alegadas irregularidades.

Sucede, no entanto, que os casos a correr em Londres têm estado mergulhados em dificuldades, por Moçambique não revelar documentos considerados chave, o que para os entendidos ameaça descarrilar o litígio com o julgamento marcado para três (03) de Outubro próximo.

A Privinvest e o seu proprietário argumentam que, se os pagamentos não foram legais e são responsáveis perante Moçambique, então Nyusi deve ser responsável perante eles.

A Reuters diz ainda que o Presidente moçambicano terá pedido na terça-feira o Tribunal Superior de Londres para bloquear alegações ter aceite pagamentos ilegais no caso contra Credit Suisse e outros dois mil milhões de dólares no escândalo de titulo de Atum.

Imbondeiro News

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