Ramaphosa pode não conseguir amealhar maior nas eleições gerais de Maio próximo

Enquanto as eleições gerais se avizinham, quadrantes da vida, na África do Sul, sugerem que o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, poderá não conseguir amealhar a maioria na votação, agendada para Maio de 2024.
Dizem que o país está a atravessar tempos difíceis, havendo cortes diários de energia e a economia ainda a estagnar.
Raika Wisthe, residente na área de Parkview, nos arredores de Joanesburgo, disse à DW que a crise da electricidade está a agravar-se quase em todas as regiões do país.
O analista independente, Daniewl Silke indicou que os cortes de energia obrigam a sul-africanos a passarem várias horas à luz de velas ou lareiras, apesar de ter sido estável o seu fornecimento quando o pais recebeu, em Agosto, os chefes de Estado internacionais para a cimeira do grupo BRICS.
Descrevendo o Presidente sul-africano como estando sob pressão, Silke sugeriu que “Cyril Ramaphosa utilizou a cimeira dos BRICS para melhorar a sua própria posição e aumentar o peso diplomático da África do Sul numa comunidade mundial em mudança”.
Acrescentou que “os sul-africanos estão preocupados com os problemas básicos, como a má administração, aumento dos preços e desemprego”, sublinhando que “o ANC tem de assumir mais responsabilidades e garantir que as luzes não se apagam”.
O analista frisou que os apagões diários estão a afectar as empresas e as famílias numa economia enfraquecida, que já sofre com uma forte inflação.
Dimakatso Ragedi, professora na área de Cosmo City, disse que “o maior receio é que haja um colapso total da rede eléctrica”.
Ela indicou que a confiança no ANC diminuiu e Ramaphosa poderá não assegurar mais um mandato aos destinos do pais.
Para o investigador do Instituto de Estudos de Segurança (ISS), Priyal Singh, pela primeira vez, estamos a prever que o apoio ao ANC cairá abaixo da barreira dos 50 por cento e vamos mergulhar numa fase turbulenta de política de coligação”.
Aliás, em Agosto, sete partidos da oposição, incluindo a Aliança Democrática (DA – em inglês), concordaram em formar uma coligação destinada a substituir o ANC no poder, caso não obtenha a maioria absoluta.
Falando à Reuters, Singh referiu que o problema mais urgente para o Presidente Ramaphosa continua a ser da economia, que está estagnada há mais de uma década, mostrando que as falhas no fornecimento de energia eléctrica têm mantido a economia refém durante anos.
De acordo com Singh, os eleitores esperam que o Presidente tome algumas decisões difíceis por sua iniciativa com vista a reanimar a economia.
Concluiu que “a maioria dos sul-africanos está a pensar se conseguiremos ou não manter a nossa ordem democrática ou ainda se cairemos e a África do Sul implodirá”.
Imbondeiro News
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